Ficha Corrida

17/08/2015

Coxinhaço

O que a geografia da cidade de Porto Alegre ensina. Como diria o poeta Mário Quintana, “olho mapa da cidade com que examinasse a anatomia de um corpo”. Em Porto Alegre o movimento golpista está concentrado nos bairros das classes mais privilegiadas: Bela Vista e Moinhos de Vento. E isso explica porque a concentração dos golpistas acontece no Parcão e no Parque Moinhos de Vento. E, vejam só, a Marcha dos Zumbis II fez transparecer outro aspecto bem gaúcho. Saiu do Parcão e visitou a sede do jornal Zero Hora/RBS, na Av. Ipiranga. É aquele momento em que o peregrino visita seu local sagrado.

Momento vergonha alheia: E como se tudo isso, que é muito mas não é tudo, bastasse, os zumbis portavam cartazes buscando legitimar o crime de sonegação. Claro, eles se referiam à Operação Zelotes, na qual seus patrocinadores, RBS & Gerdau, estão envolvidos. Uma parte do movimento se desgarrou e foi lamber botas no Comando Militar do Sul.

Toxicômanos. Dizem que é na Cidade Baixa que há mais maconheiros. Então seria interessante que a UFRGS fizesse uma análise química nos esgotos da Restinga, Cidade Baixa e Moinhos, como fizeram em Nova Iorque e em Brasília. Vai-se ver onde está concentrados os consumidores de cocaína. Tenho certeza que haverá maior concentração nos bairros que querem entronizar o Napoleão das Alterosas.

É por isso que nos estádios os gaúchos cantam: “sirvam nossas patranhas de modelo em toda terra”. 

Coxinhaço volta a ironizar ato Fora Dilma

Coxinhaço reuniu manifestantes contrários ao ato Fora Dilma | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Coxinhaço reuniu manifestantes contrários ao ato Fora Dilma | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Luís Eduardo Gomes

Como já virou tradição em Porto Alegre, em um novo dia em que manifestantes pediram pela saída da presidente Dilma Rousseff da presidência,  também é realizado o chamado “Coxinhaço” para marcar a posição contrária.

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“Parece que se tornou uma cultura. Quando tem o ato dos coxinhas, nós fazemos o Coxinhaço”,  disse Matheus Castro, que fez parte da organização do ato. Segundo ele, o evento, convocado pelo Facebook, contou com o apoio do Bloco da Diversidade, SindBancários, Federação dos Metalúrgicos e outros movimentos de esquerda.

Marcado para às 16h, o ato reuniu dezenas de pessoas na esquina da Rua da República com a Rua Gen. Lima e Silva, no bairro Cidade Baixa. Foram vendidas coxinhas de galinha ao preço de R$ 2 – quem não tinha poderia levar de graça, assim como doações a mais também eram bem-vindas – para ironizar o ato realizado no Parcão, considerado como uma manifestação da “elite coxinha” brasileira”.  Além disso, também ocorreu uma exposição de exposição de trabalhos de cartunistas contra a redução da maioridade penal.

Ato também contou com manifestações contra a redução da maioridade penal | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Ato também contou com manifestações contra a redução da maioridade penal | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Inicialmente, a presença de público era tímida, com poucos manifestantes aguardando as coxinhas ficarem prontas e curtindo o som de uma banda que improvisava instrumentalmente – sem palavras de ordem como no ato do Parcão – clássicos da cultura popular brasileira.

Um dos primeiros a chegar foi Vicente Schneider, militante da União da Juventude Socialista, que disse salientou que a importância do “Coxinhaço” era a defesa do resultado das urnas.   “É importante estar aqui em defesa da democracia, contra essa onda de golpe e contra as forças conservadores que tentam colocar uma agenda de recesso no País. É importante demonstrar não apoio ao governo, mas ao resultado das urnas”, afirmou.

Aos poucos, porém, o público foi aumentando e a expectativa da organização é que o evento reunisse, assim como nas outras vezes, cerca de 300 pessoas.

Presente pela terceira vez em um “Coxinhaço”, o professor César Weinmann, do Colégio Estadual Inácio Montanha, salienta que, diferentemente do ato contra o governo, o evento é marcado pela diversidade.

“Pode parecer parcial, mas basta olhar a reprodução das imagens. Se tu olhar aqui, vai ver um pessoal em clima de confraternização, diversidade e inclusão. E, se tu for lá, vai ver uma coisa extremamente de ódio, excludente e sectária. Eu prefiro estar do lado das manifestações populares e includentes”, disse.

Jornal-Sul21-GS-560-11

Ato reuniu defensores do governo Dilma | Foto: Guilherme Santos/Sul21

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| Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

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Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

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Coxinhaço volta a ironizar ato Fora Dilma (veja fotos) – Sul 21

1 Comentário »

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