OBScena: um vira-lata típico da marcha dos zumbis
O método tucano de eliminar a pobreza poderia ostentar a famosa fundamentação jurídica com que o STF mandou os inimigos ideológicos à prisão:
Assas JB Corp: “Foi feita pra isso, sim”
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Hoje a marcha dos zumbis poderá fazer novas selfies com os assassinos. São da mesma estirpe.
Quando um partido prefere sentar com o PCC e bater nos professores, os resultados se fazem aparecer em Osasco e Barueri.
Promotoria e polícia fazem parceria para apurar mortes em série em SP
Com medo de reação similar à de 2012, equipes vão se unir para investigar crimes em Osasco e Barueri
Corregedoria decidiu interrogar PMs que trocaram mensagens combinando vingar assassinato de cabo
ROGÉRIO PAGNANDE SÃO PAULORAFAEL RIBEIRODO "AGORA"
As cúpulas do governo Geraldo Alckmin (PSDB) e do Ministério Público Estadual acertaram uma parceria para investigar os ataques que resultaram em 18 mortes em série em Osasco e Barueri (Grande SP) na noite de quinta (13).
A ação conjunta de policiais e promotores foi definida para tentar esclarecer os crimes de forma mais rápida e para conter eventual reação que preocupa as duas instituições –com nova guerra entre PMs e criminosos no Estado, como ocorreu em 2012.
Um dos grupos designados pelo procurador-geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, tem experiência em apuração de crimes de policiais e participará de trabalho de campo fora da capital pela primeira vez.
A principal linha de investigação da chacina é que ela tenha sido uma retaliação à morte de um cabo da PM durante um assalto a um posto de combustível em Osasco.
CORREGEDORIA
Até a tarde deste sábado (15), ninguém havia sido preso. Mas a Corregedoria da PM decidiu interrogar na próxima semana policiais militares que trocaram mensagens por celular combinando vingar a morte desse policial.
Investigadores tiveram acesso a essas mensagens, trocadas por PMs dos batalhões de Osasco, Barueri e outras cidades da Grande SP. Nelas, eles prometem matar os dois assassinos do cabo Admilson Pereira de Oliveira, 42 –que já foram identificados e estão foragidos.
A tese de participação de policiais nos ataques foi reforçada com a entrada da corregedoria nas investigações, confirmada pela gestão Alckmin na tarde de sábado.
O secretário da Segurança, Alexandre de Moraes, disse na sexta (14) que a corregedoria só atuaria se houvesse fortes indícios de a chacina envolver homens da corporação.
"Melhor do que o Ministério Público realizar uma investigação paralela é ele acompanhar o trabalho feito pela polícia. Desde o início. O importante é uma resposta rápida", disse Rosa à Folha.
As tratativas que envolveram a inclusão do Gecep (equipe da Promotoria para controle externo da atividade policial) nas apurações foram feitas entre Rosa e Alexandre de Moraes. Além do Gecep, também participarão equipes do Gaeco (que investiga o crime organizado), dois promotores criminais de Osasco e um de Barueri.
Embora a retaliação à morte do cabo da PM seja a principal hipótese, são investigadas ainda eventual reação à morte de um guarda civil e ação do tráfico.
ARMAS
Peritos do Instituto de Criminalística encontraram em oito locais dos ataques cápsulas de quatro calibres de armas. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a PM-SP não utiliza nenhuma arma dos calibres encontrados.
Além das armas 9 mm (de uso das Forças Armadas), 38 e 380 (de uso de guardas civis), os laudos confirmaram neste sábado a localização de cápsulas de calibre 45 –que não é usada pela PM, mas existe na Polícia Civil, embora esteja em desuso.
Os ataques foram seguidos de mensagens de áudio disseminadas por celulares na capital e na Grande SP sobre um suposto toque de recolher. Embora consideradas falsas pela polícia, levaram ao fechamento de comércio.
O policiamento foi reforçado, e não houve registro de ataques na madrugada de sábado. Em grupos de mensagens de PMs, policiais admitem temer "represálias": "QAP [prontidão] total. Repasse aos grupos". Frases semelhantes foram enviadas por eles em 2012 na guerra não declarada entre PMs e criminosos, que resultou na morte de uma centena de policiais, além de criminosos e inocentes.
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