Ficha Corrida

16/05/2015

Peter Sellers ressuscita na jato

A República das Araucárias ressuscitou o inesquecível Inspetor Clouseau. No Paraná em se plantando tudo dá. Planta-se ódio e nasce perseguição. Planta-se professor, nasce porrada. Planta-se corrupto, nasce acusador. No Paraná bandido vira parceiro da Justiça.  Planta-se procurador e nasce cabo eleitoral. Planta-se policial, nasce grampeador. Está na hora de trocar de nome, ao invés de República das Araucárias, República de Bananas. Tudo sob o patrocínio da Rede Golpista.

Eu te escuto, você me escuta. A PF do Paraná e a tragicomédia dos grampos

15 de maio de 2015 | 19:03 Autor: Fernando Brito

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Os grandes sites deram a notícia sem detalhes, apenas de que tinha sido encontrado um “aparelho de escuta” prédio da superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba.

Ponto, mais nada.

Só o repórter Diego Ribeiro, do paranaense Gazeta do Povo, foi um pouco além. E vejam que pérolas que grifei:

“Um grupo de policiais federais descobriu um grampo ilegal dentro da sede da PF em Curitiba. A descoberta foi feita por acaso, enquanto os policias conversavam no cafezinho da PF sobre outra escuta ilegal descoberta na carceragem do ano passado.

O grampo a que eles se referiam foi descoberto na cela de Alberto Youssef. Na semana passada, um agente da PF admitiu que foi ele quem colocou a escuta. E disse que o fez a mando de três delegados que participam da Operação Lava Jato.

Na conversa informal, no cafezinho, os policiais se tocaram de que sempre os agente usam aquele lugar para conversar. E pensaram se não poderia ter alguém ouvindo aquilo ilegalmente. Começaram a procurar e acharam em seguida. A escuta estava em uma caixa de lâmpada de emergência.

Imediatamente, os policiais fizeram o registro da descoberta. Nos depoimentos que prestaram, consta que foi descoberto um aparelho “envolto em fita adesiva”, “aparentemente para captação de sinais sonoros” e “aparentando ter microfones nas pontas”. Curiosamente, um adesivo indicava o número “6”.

A história fica entre a comédia e a tragédia.

Quem entraria na sede da Polícia Federal para colocar um “grampo”? O Ed Mort, do Veríssimo? O detetive de infidelidade conjugal? Os repórteres-grampeadores da Veja?

A escuta na cela de Youssef era para escutar ele falando com as paredes? Ou para saber se ele falava dormindo?

Este policial foi preso? Os delegados que teriam mandado fazer a escuta estão afastados e respondendo a inquérito?

E os agentes, assim, casualmente, enquanto comentam o jogo do Barcelona no cafezinho, têm um estalo de Vieira e saem metendo a chave de fenda nas luminárias, com o “palpite” de que ouviam suas conversas amenas no lanche?

As imundícies da Lava-Jato não se resume, todos estão vendo, aos corruptos. Quando a sede da Polícia Federal vira palco de bandidagem desta natureza e a imprensa se cala está claro que lá, entre as araucárias, está implantado o vale-tudo.

Eu te escuto, você me escuta. A PF do Paraná e a tragicomédia dos grampos | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

2 Comentários »

  1. […] Source: fichacorrida.wordpress.com […]

    Pingback por Peter Sellers ressuscita na jato | O LADO ESCURO DA LUA — 16/05/2015 @ 10:58 am | Responder

  2. Republicou isso em TEM CAROÇO NESSE ANGU….

    Comentário por anisioluiz2008 — 16/05/2015 @ 10:58 am | Responder


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