Estupro, taí um termo que os velhos grupos mafiomidiáticos tem atração fatal. A comissão da verdade apurou que empresários que finanCIAram a OBAN também presenciavam as sessões de tortura, estupro e morte daqueles que os ditadores entendiam como perigosos. Se o milico via algo perigoso em alguém, este alguém era simplesmente preso sem qualquer mandado judicial. Aí levavam ele para o DOI-CODI, aplicavam choques elétricos, estupravam homens e mulheres até a morte. Não satisfeitos, ou para que pudessem ter orgasmos, esquartejavam as vítimas e espalhavam pedaços dos corpos para impedir que familiares identificassem os corpos. A Folha de São Paulo ficou famosa por empresar as peruas que distribuíam os jornais para distribuir os corpos dilacerados por valas clandestinas, como aquela localizada no Cemitério de Perus.
Recentemente, a família que controla a Rede Brasil Sul – RBS, teve um de seus herdeiros envolvido em crime de estupro em Florianópolis, naquilo que na internet ficou conhecido como o estuprador de Florianópolis. O autor da denúncia morreu. Ainda não se sabe se foi, como diria João Cabral de Mello Neto, de morte matada ou de morte morrida.
Quem mantém como diretor de redação alguém que assedia moral e sexualmente colega de trabalho, a ponto de vir assassina-la pelas costas, como fez Pimenta Neves com Sandra Gomide, é capaz de qualquer coisa. Só falta seu Mesquita vir dizer que não sabia o que fazia seu principal homem de confiança, colocado lá como Diretor de Redação exatamente pela sua capacidade de manipular.
O que impressiona nos estupros diários perpetrados pelo velho coronelismo eletrônico é que fazem isso à luz do sol. E se fazem isso hoje, na democracia, quando a internet desmente antes mesmo de o jornal ou revista chegar ao assinante, imagine-se o que não faziam durante a ditadura com quem mantiveram uma simbiose de interesses que ia muito além das torturas e estupros.
Tanto menos se combate a máfia, tanto mais afoita vai ficando. As Operação Zelotes e Operação Pavlova explicitam o senso de impunidade com que atuam. Ou a Lista Falciani, que entregou os donos de mídia que, junto como os traficantes, são os maiores sonegadores brasileiros descobertos no HSBC.
Ao invés de o Brasil botar as cinco famílias no paredón, fica esperando que elas façam como Hilter, casem Eva Braun…
(Eva Braun foi esposa de Hilter por menos de 40 horas, porque a morte era seu único orgasmo…)
O estupro permanente da notícia
dom, 03/05/2015 – 06:00
Atualizado em 03/05/2015 – 08:21
Há dois tipos de leitores de jornais: os que querem se informar, e os que querem ler apenas aquilo que lhes agrada. Os primeiros, são leitores; os segundos, torcedores.
Nos últimos anos, os grandes grupos jornalísticos abriram mão dos leitores. A notícia tornou-se uma ferramenta de guerra, que, como em toda guerra, pode ser estuprada, manipulada, distorcida.
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Há inúmeros temas relevantes para se criticar Dilma, Lula e o PT: os erros da política econômica, o envelhecimento das ideias, a falta de propostas novas, o aparelhamento de muitas áreas, os problemas enfrentados pela Petrobras.
Mas, aparentemente, entre Pulitzer e William Randolph Hearst – o pai do jornalismo marrom -, a grande imprensa brasileira escolheu o segundo.
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O Estado de S. Paulo, o augusto Estadão, que historicamente se colocava como um baluarte conservador, mas respeitador dos fatos, divulgou em sua versão online a manchete de que a Petrobras destruira gravações de reuniões do Conselho de Administração para sumir com provas.
O repórter entregou uma matéria responsável. Consultou dois diretores que lhe asseguraram que não era hábito, mesmo, guardar gravações de reuniões de Conselho. Serviam apenas para instruir as atas. Depois das atas escritas, as gravações eram destruídas. Só depois que estourou a Lava Jato é que decidiu-se preservar as gravações, caso houvesse necessidade.
Ao longo do dia, a manchete foi desmentida por diversos veículos online. No dia seguinte, na edição impressa, manteve-se o enfoque errado.
Em outros tempos, poucos saberiam. Na era da Internet, o erro já tinha se espalhado. Ao insistir em mantê-lo os editores expuseram o jornal e sua história a milhares de leitores que já tinham conferido os desmentidos.
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O mesmo aconteceu com a revista Época, em conluio com procuradores da República do Distrito Federal.
Desde que saiu da presidência, Lula assumiu o compromisso público de aproximar-se da África e trabalhar negócios brasileiros por lá. Por seu lado, há décadas a Construtora Odebrecht investiu na área e em outros países emergentes. Hoje em dia, atua em 28 países construindo todo tipo de obra.
Finalmente, há décadas o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) dispõe de uma linha de financiamento às exportações de produtos e serviços, o Proex, da qual o maior cliente – por ser a empreiteira brasileira com mais obras no exterior – é a própria Odebrecht.
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No entanto, procuradores irresponsáveis foram investigar as obras da Odebrecht no exterior e montaram um inquérito com base nos seguintes fatos:
Lula visitou Gana e dois meses depois a Odebrecht conquistou um projeto por lá. Os procuradores tentaram criminalizar o que se tratava de uma estratégia bem sucedida. E ligaram a visita de Lula ao fato da Odebrecht ter conseguido um financiamento do BNDES – sendo que ela já tem 35 financiamentos, para suas obras internacionais.
Esse conluio mídia-procuradores teve repercussão em todos os jornais.
Os jornais atingiram seus objetivos políticos. Mas o jornalismo saiu mais uma vez sangrando do episódio. E mostrou que não há diferença mais entre blogs partidários e jornais.
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