Agora imagine isso acontecendo num governo do PT… Sim, claro, se acontecesse num governo do PT seria notícia. Como é num governo do PSDB, a velha mídia trata como um fato do cotidiano, normal. Será que chegamos ao ponto de que até a exploração sexual de menores, quando praticada pelos correligionários dos grupos mafiomidiáticos, é tolerável?!
Crimes sexuais, como aquele do estuprador de Florianópolis, não são assuntos para serem tratados pelas famiglias cujos membros estejam envolvidos. Só se pode condenar quando atingir adversários e seus filhos, parentes, assessores, amigos. D. Judith Brito, com apoio da ANJ e coordenação do Instituto Millenium, traçaram muito bem onde, como e porque cada assunto, seguindo a lei Rubens Ricúpero, deve ser abordado.
O Paraná, quem diria, tem nos causado algumas surpresas. Além de revelar o porta-voz do Paraguai, Álvaro Dias, também tem o delegado Fernando Francischini, que só enfrenta microfone se puder ir armado. Desde o Banestado há um auxiliar da justiça que não larga a terra das araucárias, Alberto Youssef. Seria algo contaminado que circula pela Ponte da Amizade? Nestas horas já não sei se o Paraná é reflexo do Paraguai, ou o Paraguai é um grande Paraná.
Para os que procuram culpar Dilma por tudo o que acontece nos mais diversos escalões gosto de lembra-los de que deveriam fazer o mesmo nestes casos. Ou como naquele ainda mais emblemático do Pimenta Neves x Sandra Gomide. O então Diretor de Redação do Estadão, sob as barbas do patrão, assediava moral e sexualmente a colega de trabalho, a ponto de vir a assassina-la, com um tiro pelas costas. Ninguém ousou culpar o dono do Estadão seja por negligência, seja por omissão ou acobertamento. O único que espero é que haja pelo menos isonomia na hora de enfrentar as mesmas questões, e não essa complacência com uns e ódio a outros.
Assessor comissionado preso por supostos delitos de exploração sexual de crianças tem Beto Richa tatuado no braço
Published janeiro 30, 2015
Publicado originalmente em Blog do Tarso:
Assessor comissionado do governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em Londrina, o fotógrafo Marcelo Caramori, vulgo Tchello, que se diz amigo do governador, foi preso ontem por suposto envolvimento de agentes públicos em casos de delitos de exploração sexual de crianças e adolescentes.
O povo paranaense pagava um salário acima de R$ 6 mil para ele, que tem até uma tatuagem com o nome de Beto Richa, conforme fotos de seu facebook.
Além de fotos que mostram proximidade de Marcelo com Beto, o suposto criminoso ainda utilizava as redes sociais para chamar o Partido dos Trabalhadores e a presidenta Dilma Rousseff (PT) de criminosos e fazer críticas ao senador Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT).
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Pingback por Para PSDB, confiança é tudo | Ficha Corrida | psiu... — 31/01/2015 @ 1:55 pm |