Timidamente, a Folha traz para a capa do jornal a filosofia administrativa do PSDB. É o tal de choque de gestão feita pelos métodos da tal de meritocracia. A filosofia privatista, de que a iniciativa privada faz melhor só faz sentido se comparado ao PSDB. Qualquer empresa, qualquer governo, qualquer partido faz melhor que o PSDB. A única grande obra do PSDB é a cooptação dos velhos grupos mafiomidiáticos.
Ao financiar o Instituto Millenium, o PSDB garante imunidade administrativa nas páginas das cinco irmãs (Folha, Estadão, Veja, Globo & RBS).
A maneira canhestra como a Folha trata do sumiço d’água nas torneiras dos paulistas. Bota a culpa na empresa, como se não existisse responsabilidade estatal no comando da SABESP. Como se não houvesse responsável por te-la colocado na Bolsa de Nova Iorque. Ao invés de fazer investimentos em infraestrutura, distribui dividendos entre seus acionistas. Esta é a filosofia do PSDB, entregar o patrimônio público a quem o finanCIA. O PSDB é especialista em terceirizar suas responsabilidades; as administrativas, à iniciativa privada; as relações públicas, às cinco irmãs.
E pelo forma como é tratado na justiça, também tem licença para roubar que nada acontece. Mesmo encabeçando a lista dos ficha suja, o PSDB não vê a criminalização partidária como acontece em relação ao PT. Quanto se trata dos adversários de d. Judith Brito, a manchete sai assim: “Entidade presidida por petista foi citada em relatório”
Sabesp agora admite que pode adotar rodízio de água em SP
Medida descartada nos últimos meses foi admitida por novo chefe da estatal da gestão Alckmin
Governador disse que ‘racionamento’ já existe –em referência à redução de captação no sistema Cantareira
DE SÃO PAULO
A Sabesp admitiu nesta quarta (14) a possibilidade de implantar um rodízio de água em São Paulo –com cortes alternados entre regiões, a exemplo do adotado no começo da década de 2000.
A medida voltou a ser cogitada pela estatal ligada à gestão Geraldo Alckmin (PSDB) após ser descartada como solução para a crise hídrica durante boa parte de 2014.
"Sim, pode chegar [a ter um rodízio]. Torcemos para que não, mas pode chegar", afirmou Jerson Kelman, novo presidente da Sabesp, que também anunciou outras ações que devem agravar a falta de água nas casas.
Ao se referir ao rodízio, Kelman afirmou que "não há necessidade de causar previamente um sofrimento à população" e que ele será implantado apenas caso seja "estritamente necessário".
No começo de 2014, Alckmin chegou a admitir a possibilidade de um rodízio. Depois, passou a descartá-lo. Disse que seria um erro técnico adotá-lo, devido a eventuais danos na rede, além de ser um custo social grande.
O rodízio adotado em parte da Grande SP há uma década e meia era no esquema dois dias com água e um sem.
A Sabesp também disse que reduzirá, para mais lugares e mais horários, a pressão da água enviada às casas –que deixa as torneiras secas em alguns momentos do dia.
A captação no sistema Cantareira –que recebeu só chuvas isoladas nesta quarta– será reduzida de 16 para 13 metros cúbicos por segundo.
O Cantareira, com isso, perde importância e deve ser ultrapassado por Alto Tietê e Guarapiranga pelo volume de água fornecida para abastecer a Grande São Paulo.
Kelman disse que, sem chuvas, ele poderia secar até março –ontem estava em 6,3%. Mas, segundo ele, ainda poderá ser usada a terceira cota do "volume morto" do sistema –água que fica abaixo das tubulações e que precisa passar por bombeamento.
RACIONAMENTO
A nova avaliação da Sabesp foi dada no mesmo dia em que Alckmin admitiu que São Paulo já enfrenta um "racionamento" –em referência à exigência de redução de captação no sistema Cantareira, que está em vigor desde março do ano passado.
No dia anterior, a Justiça havia suspendido a cobrança da sobretaxa de até 100% na conta de água para moradores que elevassem seu consumo.
"O racionamento já existe", declarou Alckmin, atribuindo a decisão à ANA (Agência Nacional de Águas), que, em março do ano passado, determinou a redução da captação do sistema Cantareira –ação que vem sendo adotada e já foi até mesmo ampliada desde então.
A partir daí, a Sabesp intensificou a redução de pressão da água –que provoca cortes em regiões mais altas em alguns momentos do dia.
"Se tirávamos 33 metros cúbicos por segundo [de água] e hoje estamos tirando 17, é óbvio que temos uma restrição hídrica", justificou.
Diante das queixas sobre a interrupção no fornecimento de água, ele foi cobrado no período eleitoral para que reconhecesse a situação.
Em 24 de outubro, às vésperas do segundo turno em que Aécio Neves (PSDB) tentava se eleger presidente, Alckmin declarou: "O abastecimento de água está garantido na região metropolitana de São Paulo. Não tem racionamento e não tem desabastecimento".
(FABRÍCIO LOBEL E ROGÉRIO PAGNAN)
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Comentário por luizmullerpt — 15/01/2015 @ 8:46 am |