Ficha Corrida

21/12/2014

HiPÓcritas sem noção do ridículo

Filed under: Aécio Neves,Loucura,Síndrome de Abstinência — Gilmar Crestani @ 10:25 am
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aécio posseNão dá para entender a tresloucada cavalgada do PSDB rumo à piada pronta. São várias síndromes de abstinência.

A primeira, do poder, que Sérgio Motta sonhou ser de 20 anos, mas que serão pelo menos 16 fora, com possibilidade de Lula voltar em 2018…

De falta d’água, que desidrata o corpo e aniquila a massa encefálica, joga no lixo a fanfarronada do choque de gestão e reduz a meritocracia e frase de auto ajuda de quinta categoria.

A outra síndrome não permite às pessoas que votaram no PSDB questionarem o próprio partido a respeito desta descida desenfreada à ribanceira política. Como na análise clássica de Marshall Berman, “tudo que é(era) sólido desmancha no ar.

A última síndrome, verdadeira, de abstinência não pode ser mencionada sob risco de sofrer um processo da equipe de advogados de Aécio Neves. Todos os que não forem Mauro Chaves, José Serra ou Juca Kfouri estaremos sujeitos a termos de enfrentar processo judicial. Imagine se Lula e Dilma processasse todos os que lhes atribuem coisas muito piores do que a de consumidores de cocaína.

O articulista da Folha cataloga os destroços e com eles encontra as marcas digitais para um diagnóstico devastador do que virou o PSDB: PIADA!

BERNARDO MELLO FRANCO

Choro de perdedor

BRASÍLIA – O PSDB pediu à Justiça Eleitoral que anule os votos de Dilma Rousseff e entregue a faixa de presidente ao candidato derrotado Aécio Neves. A ação tem 54 páginas e um início espantoso. Afirma que a petista teve uma "pífia vitória nas urnas" e que sua legitimidade é "extremamente tênue", apesar da vantagem de 3,4 milhões de votos. Por dever de ofício, continuei a leitura.

O primeiro argumento tucano é que Dilma abusou do poder político ao convocar cadeias de rádio e TV para se promover. É verdade, mas ela já foi condenada e multada por isso.

Os exemplos citados são de março, no Dia da Mulher, e maio, no Dia do Trabalho. A campanha só começou em julho, e depois Marina Silva e o próprio Aécio chegaram a ultrapassar a petista nas pesquisas. Atribuir sua reeleição a dois pronunciamentos no primeiro semestre é uma ofensa ao eleitor, que já foi punido com a overdose de exposição dos três candidatos na propaganda obrigatória.

Algumas páginas adiante, o PSDB afirma que sindicatos apoiaram a candidata do PT. É uma acusação tão ociosa quanto dizer que bancos cerraram fileiras com o tucano.

Como provas, o texto enumera outdoors espalhados por professores mineiros em endereços como a rua 33, em Ituiutaba, e a avenida Pau Furado, em Uberlândia. Se Aécio pensa ter encontrado aí a razão do fracasso em seu próprio Estado, o PT já pode gelar o champanhe para 2018.

A ação ainda enfileira irrelevâncias como a publicação de notícias simpáticas à presidente em um site oficial e o transporte gratuito de eleitores para um comício em Petrolina.

Por fim, o PSDB cita Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras, para sustentar que Dilma foi bancada por empreiteiras corruptas. Muitas também financiaram Aécio, mas isso é o de menos. Se as denúncias forem confirmadas ao fim do processo, a oposição poderá até defender o impeachment da presidente. Tentar impedir sua posse agora, no tapetão, parece apenas choro de perdedor.

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