Aécio na pele da Andréa ou Andréa na pele do Aécio?!
A Torquemada das alterosas, Andréa Neves, tenta no âmbito nacional o que já conseguiu em Minas, abafar os escândalos do irmão. Tudo acontece em Minas, até o ET é de Varginha, mas nada sai no Estado de Minas. Desde Tancredo Neves, o aparelhamento da mídia é uma constante. A bem da verdade, a irmã do candidato não inova em termos de aparelhamento da mídia. Cássio Cunha Lima fez isso na Paraíba. Teotônio Vilella Filho faz isso em Alagoas. Yeda Crusius e sua parceria umbilical com a RBS fez isso no RS. Em São Paulo a parceria se revelou com milhares de assinaturas da Folha, Estadão e Veja distribuídos nas escolas por todo o Estado.
Por obra e artes de José Serra, vide Mauro Chaves e o seu “Pó pará, governador!” no Estadão, a Folha vem divulgando o que a velha mídia de Minas continua sonegando. Antes que a Andréa consiga convencer os incautos, apresento a ela D. Judith Brito. Esta diretora da Folha reivindicou o papel de oposição para a Folha em relação à Lula e Dilma. Portanto, as relações umbilicais da Folha com José Serra não podem ser jogadas ao colo da Dilma. Segundo a matéria abaixo, na Folha deste domingo, a Goebbels de Aécio Neves traçou a estratégia a seguir: “Diante do quadro, os tucanos traçaram duas estratégias: numa frente, deram tratamento político à exploração do caso, dizendo que ele estava sendo usado pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) para prejudicar quem aparece hoje como seu adversário mais competitivo.” A outra estratégia foi dar explicações…
QG de Aécio teme crescimento de rejeição ao tucano
Há uma semana, senador mineiro vem sendo confrontado por causa de construção de aeroporto em terra de seu tio
Decisão de responder prioritariamente sobre o caso na internet foi tomada pelo próprio candidato do PSDB
DANIELA LIMADE SÃO PAULO
A primeira crise no ninho tucano desde o início da campanha eleitoral acendeu, no QG do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, o receio de que a rejeição a seu nome cresça antes mesmo de ele se tornar conhecido pela maioria do eleitorado.
Há uma semana o mineiro vem sendo confrontado sobre a construção de um aeroporto em um terreno em nome de seu tio-avô que foi desapropriado pelo governo de Minas quando Aécio comandava o Estado. O caso foi revelado pela Folha. Aécio nega ter beneficiado familiares.
A avaliação do partido é de que uma marca negativa agora poderia prejudicar o candidato em um momento em que a campanha não dispõe de espaço para "se defender" –a propaganda eleitoral só começa em agosto.
Segundo a última pesquisa Datafolha, Aécio tem a segunda menor rejeição entre os quatro candidatos que lideram as sondagens: 17% –mesmo índice de eleitores que dizem conhecê-lo "muito bem".
Entre quem identifica o mineiro, o maior percentual é de eleitores que dizem saber quem é Aécio "só de ouvir falar": 37%. É com essa fatia do eleitorado, na qual espera-se que o tucano cresça, que a campanha mais se preocupa.
A decisão de responder prioritariamente a questionamentos sobre o caso na internet –onde houve ampla repercussão da notícia– foi de Aécio. No domingo em que a primeira reportagem sobre o caso foi publicada, sua coligação emitiu nota em redes sociais e no site da campanha.
Todas as respostas postadas pelo PSDB foram supervisionadas pela irmã de Aécio, Andréa Neves. Ela é assessora da campanha e atuou nos governos do mineiro como braço forte da comunicação.
Os tucanos monitoraram nas redes sociais menções negativas ligando o candidato ao caso; a oposição a ele também. Emídio de Souza, presidente do PT-SP, escreveu no Twitter que levantamentos internos mostravam que 85% das menções a Aécio no Facebook foram negativas.
Diante do quadro, os tucanos traçaram duas estratégias: numa frente, deram tratamento político à exploração do caso, dizendo que ele estava sendo usado pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) para prejudicar quem aparece hoje como seu adversário mais competitivo.
Em outra frente, reservaram explicações detalhadas a notas oficiais, para preservar Aécio de ter que dar declarações sobre os meandros do caso. Durante a semana, o candidato teve agenda interna por dois dias. Nas ruas, disse considerar o assunto "explicado".
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