Ao contrário do nossos Ministros do STF, o jornal britânico, Financial Times, não se dá por satisfeito com poucas provas.
Para a turma da Margareth Tatcher, não basta serem provas, há de serem muitas. Eles não conhecem o Joaquim Barbosa, que, por falta de provas, importou clandestinamente da Alemanha a teoria Dormindo de Fato, para satisfazer seu ódio àqueles a quem deve, pelas cotas, o cargo.
O erro, segundo o panfleto de fala inglesa, está na “escolha deliberada de alguns dados”. Talvez, para o domínio do fato made En Glande, a escolha devesse ser aleatória…
Poucas provas não é nada para o jornal. Mas o jornal não apresente nem poucas nem boas provas da invectiva, paga pelos seus financiadores ideológicos, contra o best-seller de Thomas Piketty. A constatação que deixa mal os patrocinadores do jornal fez com que o jornal saísse às ruas para atacarem, sem provas, quem os desnudou.
Acho que o Financial Times não consultou a Forbes…
Jornal britânico aponta erros em pesquisa de ‘best-seller’ Piketty
‘Financial Times’ diz que há poucas provas nas fontes originais que sustentem conclusão do autor
Segundo estudo, há erros de transcrição em planilhas e indícios de escolha deliberada de alguns dados
CHRIS GILESDO "FINANCIAL TIMES", EM LONDRES
"Capital in the Twenty-First Century", livro de Thomas Piketty, vem sendo a sensação editorial do ano. Sua tese quanto a uma desigualdade crescente se enquadrou bem ao zeitgeist ("espírito do tempo") e eletrificou o debate sobre política pública pós-crise financeira.
Mas, de acordo com um estudo conduzido pelo "Financial Times", o economista francês que se tornou uma espécie de astro pop parece ter se enganado nas contas.
Os dados que embasam as 577 páginas de Piketty, líder nas listas de mais vendidos das últimas semanas, contêm uma série de erros que adulteram as conclusões.
O "Financial Times" identificou erros e inclusões injustificadas nas planilhas, semelhantes aos que desacreditaram o trabalho de Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff sobre a relação entre dívida pública e crescimento.
O tema central da obra do professor Piketty é o de que as desigualdades de renda voltaram a crescer a níveis vistos pela última vez antes da Primeira Guerra Mundial.
O estudo do "Financial Times" contraria essa afirmação, indicando que existem poucas provas nas fontes originais de Piketty que sustentem a tese de que porção cada vez maior da riqueza mundial se concentra nas mãos da minoria mais rica.
Piketty, 43, oferece fontes detalhadas para suas estimativas quanto à desigualdade de renda na Europa e nos Estados Unidos ao longo dos últimos 200 anos. No entanto, suas planilhas contêm erros de transcrição das fontes originais e fórmulas incorretas.
Alguns dados parecem ter sido escolhidos de maneira deliberada ou construídos sem fonte original.
Por exemplo, depois que o "Financial Times" limpou e simplificou nos dados, os números quanto à Europa não apontam para qualquer tendência de alta na desigualdade de renda de 1970 para cá.
Contatado pelo "Financial Times", o professor Piketty disse ter usado "um conjunto muito diversificado e heterogêneo de fontes de dados que precisa passar por uma série de ajustes nas fontes de dados brutos" (leia a carta enviada por Piketty ao jornal britânico, na página B4).
"Não tenho dúvida de que minha série de dados históricos possa ser melhorada e que será melhorada no futuro, mas seria uma grande surpresa para mim se qualquer das conclusões substantivas a que cheguei sobre a evolução das distribuições de riqueza em longo prazo fosse muito afetada por essas melhoras", ele declarou.
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