É o que se chama de “silêncio eloquente”. A tríade que empunha o tridente de caça ao PPPP (petista, pobre, preto e puta) nestas horas revela todo seu estrabismo ideológico. Ninguém está pedindo perdão nem liberdade a quem não merece, só o princípio básico de justiça: julgar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.
Enquanto as cortes alemã, suíça e canadense condenam os vociferantes do STF, se fazendo de leitão para mamar deitado nas tetas dos parceiros ideológicos, continuam “dormindo de fato”.
Aliás, movem montanhas de proteção aos seus correligionários. Aos demais, às favas com os escrúpulos. E o impoluto Ministério Público aparece na foto como um verdadeiro monstro do Lago Ness, um mistério púbico…
As penas de aluguem silenCIAm diante das orelhas que aparecem acima da pele de cordeiro de seus sequazes. Os grupos mafiomidiáticos põem a trabalhar suas lupas para condenarem os PPPP e os tapumes para esconderem as falcatruas que resultam em polpudas verbas para seus cofres. A Folha consegue fazer uma matéria asséptica semelhante aos milagres bíblicos. Consegue, assim, fazer um trem passar pelo buraco de um agulha, sem Ky, mas tranca as canetas do Haddad no túnel do Maluf.
Ao cabo os 197 milhões se resolverão igual ao helicóptero com 450 kg de pó! Cheirados!
Propina do cartel pode chegar a R$ 197 mi
Em depoimento sigiloso à PF, delator do esquema afirma que suborno variava de 5% a 9% do valor dos contratos
Acusado de receber dinheiro, secretário de Alckmin nega acusação e afirma que relato de conversa é mentiroso
FLÁVIO FERREIRAMARIO CESAR CARVALHODE SÃO PAULO
A propina paga pelo cartel de empresas acusado de fraudar licitações do Metrô e da CPTM pode chegar a R$ 197 milhões, segundo depoimento sigiloso da testemunha-chave da investigação, o ex-diretor da multinacional Siemens Everton Rheinheimer.
A Folha obteve a íntegra do depoimento que o executivo deu à Polícia Federal, em que ele aponta três secretários do governo Geraldo Alckmin (PSDB) como destinatários de propina e detalha percentuais pagos pelo cartel.
Segundo ele, a Siemens e seus parceiros pagaram 9% para fornecer trens à linha 5 do Metrô em 2000, um contrato de R$ 1,57 bilhão, em valores atualizados. Se o percentual estiver correto, a propina paga só nesse caso teria alcançado R$ 141 milhões.
O executivo disse à PF que informou esses percentuais na época ao então deputado estadual Rodrigo Garcia (DEM), presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado, e concluiu que ele, "por lógica, também recebia valores oriundos da propina paga".
Garcia, hoje secretário do Desenvolvimento Econômico em São Paulo, nega ter mantido a conversa narrada por Rheinheimer (leia ao lado).
O executivo depôs no ano passado após um acordo com o Ministério Público Federal, em que se comprometeu a colaborar com as investigações e revelar o que sabe sobre a prática de corrupção por fornecedores do Metrô e da CPTM. Em troca, ele poderá sair do processo sem punição.
O caso foi encaminhado no ano passado ao STF por causa das acusações a Garcia e outros dois auxiliares de Alckmin, o chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, e o secretário de Energia, José Aníbal. Eles são deputados federais e por isso só podem ser investigados com autorização do STF.
Ao encaminhar o caso ao Supremo, o juiz federal Marcelo Cavali classificou como frágeis os indícios de que eles receberam propina. No atual estágio das investigações, a única coisa que existe contra os três é o depoimento de Rheinheimer. O STF espera um parecer da Procuradoria-Geral da República para decidir o que fazer com o caso.
‘PONTO DE CONTATO’
Segundo o executivo da Siemens, o encontro com Garcia foi agendado pelo consultor Arthur Teixeira, suspeito de intermediar o pagamento de propina das empresas para políticos do PSDB e funcionários do Metrô e da CPTM.
O delator disse à PF que procurou Teixeira porque um assessor da CPTM, Ricardo Ota, lhe avisou que o consultor repassava aos políticos só 5% do valor da propina e ficava com o resto do dinheiro.
O executivo disse à polícia que pediu a Teixeira para falar "com o político, o cara que resolvia, o ponto de contato, porque queria conhecer o cliente final". Teixeira então marcou o encontro com Garcia, segundo o depoimento.
Rheinheimer afirmou à PF que contou a Garcia que o suborno seria de 5% sobre o valor de um contrato de manutenção de trens da CPTM, de 8% no caso de um programa de manutenção da CPTM e de 7% nos contratos para a extensão da linha 2 do Metrô.
O ex-diretor da Siemens diz que, com a eleição de Garcia para a presidência da Assembleia, em 2005, o presidente da CPTM, Mário Bandeira, avisou que "deveria passar a tratar com José Aníbal, deputado estadual que ficou responsável pelos contatos políticos e com os pagamentos de propinas pela empresa".
Aníbal, que nega ter praticado irregularidades, era vereador da cidade de São Paulo nessa época e diz que não conhecia Bandeira e Garcia.
Rheinheimer disse à PF que Aníbal nunca o atendeu, mas mandava que procurasse um auxiliar, Silvio Ranciaro, tucano que foi vice-prefeito de Mairiporã. Aníbal diz que a alegação é mentirosa.
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