Movimento #naovaitercopa reúne gatos pingados
Primeiro ato conjunto do ano contra a realização do Mundial de Futebol no Brasil caminha para o fiasco; em São Paulo, das 22 mil pessoas que confirmaram presença, através das redes sociais, menos de 1 mil compareceram efetivamente; ato ocorre na avenida Paulista; outras cidades, como Rio e Brasília, também registram baixa adesão; em Goiás, onde o ato ocorreu pela manhã, apenas 100 pessoas foram para as ruas; no Twitter e no Facebook, a repercussão das manifestações que estavam previstas para ocorrer em 32 cidades é mínima; atos deste sábado em nada lembram as manifestações que ocorreram no ano passado em todo o país
25 de Janeiro de 2014 às 18:23
247 – Se através do Facebook, milhares de pessoas se comprometeram a participar de manifestações, neste sábado (25), contra a realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, nos atos em si a adesão está muito aquém do previsto. Em São Paulo, onde mais de 21 mil pessoas confirmaram presença, o protesto, iniciado às 17h, conta com menos de 2 mil pessoas presentes. Manifestações foram articuladas para ocorrer em 32 cidades. Em Goiás, o ato ocorreu pela manhã e reuniu apenas 100 pessoas. No Rio, o contingente é ainda menor (30 pessoas). Nas demais capitais – menos de 10 -, as concentrações reúnem entre 50 e 100 pessoas
Havia uma certa dúvida se as primeiras manifestações do ano contra o Mundial, o #NãoVaiTerCopa, teriam o mesmo gás dos protestos que ocorreram em junho do ano passado, durante a Copa das Confederações e contra o reajuste da tarifa do transporte público, que se espalharam por todas as capitais e grandes cidades. No entanto, pela baixa adesão verificada neste sábado, pode-se dizer que o #NãoVaiTerCopa foi um fiasco.
Até mesmo pelas redes sociais, a repercussão das manifestações na tarde de hoje está bem tímida. No Twitter, o tema não aparece entre os assuntos do momento. No Facebook, a comunidade principal do ato não registrou também elevação no número de postagens e comentários.
De certa forma estimulados pela mídia conservadora, os protestos perderam o que lhe dava um caráter inédito: a espontaneidade. Além disso, as manifestações contra a Copa dividem a opinião da população brasileira, que é muito ligada ao futebol. O esforço do governo em tornar públicas as informações sobre os gastos com o Mundial também deve ser contabilizado como ponto para esvaziar os atos.
Leia, abaixo, relato da Agência Brasil:
Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil
Com o lema “Se não tiver direito, não vai ter Copa”, cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM) participam neste momento de um protesto na Avenida Paulista contra os gastos públicos com o evento organizado pela Federação Internacional de Futebol. O ato, que ocorre hoje (25), no dia do aniversário de 460 anos de São Paulo é o primeiro no ano em que ocorre a Copa do Mundo. Outras capitais do país também fazem mobilização.
De acordo com a organização, composta por cerca de 20 movimentos sociais, pelo menos cinco mil pessoas são esperadas. O trajeto não foi divulgado e os participantes não concederão entrevista à imprensa. Um manifesto assinado pelos grupos que compõem a organização explica as razões do ato.
“O levante de junho já mostrou claramente que o brasileiros já perceberam: os gastos bilionários na construção dos estádios não melhoram a vida da população, apenas retiram investimentos de direitos sociais. Mas junho foi só o começo!”, assinala a nota. O manifesto recorda que embora os dirigentes políticos afirmassem que não era possível atender a reivindicação pela redução da tarifa, “o poder popular nas ruas mostrou que realidades podem ser transformadas”.
Na concentração para o protesto às 17h no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a PM já deteve duas pessoas. Segundo o major Larry Saraiva – responsável por coordenar os 900 homens designados para acompanhar a manifestação – um dos jovens levava uma marreta na mochila e o outro tinha uma porção de maconha. Eles serão encaminhados para o 78º Distrito Policial.
“O delegado vai dizer qual é o enquadramento. É que nem estádio de futebol, a gente faz a revista e tira os objetos que podem ser usados contra outras pessoas”, explicou o major. Ele disse que são levados para averiguação.
Cinco barracas montadas ontem, a meia-noite no vão-livre do Masp também foram vistoriadas por policiais. A revista foi feita em acordo com a organização do protesto e acompanhada pelos responsáveis de cada barrraca. Ainda segundo o major Larry, um pelotão da tropa de choque também está mobilizado caso haja necessidade.
Cassete nas costas destes malandros PM, näo vacilam, esses meliantes tem de respeitar os demais que querem a copa, só isso.
Comentário por edith — 26/01/2014 @ 11:14 am |
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