Esta informação permite pelo menos duas leituras. A primeira, dos jornais e dos amestrados, é a de que o Brasil tem alta carga tributária. A segunda leitura não é para todas as pessoas. Mas não deve ser descartada. A desonestidade e a infração à lei não é privilégio de pobres, pretos, putas e petistas: são R$ 190 bilhões de reais que deixam de ser investidos em infraestrutura, saúde e educação, sonegados exatamente por aqueles que acusam os outros de corrupção. Se for pobre, é roubo. Se é rico, é sonegação.
Não é surpresa que o Itaú, parceiro da Rede Globo, seja um dos campeões.
Bem que poderia haver manifestações, durante a Copa, com o lema “Não vai ter sonegação”! Quem sabe até a Rede Globo acabe pagando os 650 milhões que sonegou em 2002…
Autuações do fisco em 2013 batem R$ 190 bi
Valor é recorde; indústria é setor líder
SOFIA FERNANDES, DE BRASÍLIA, para a FOLHA
O valor das autuações a empresas e pessoas físicas com irregularidades tributárias em 2013 atingiu R$ 190,1 bilhões, o maior resultado na história da Receita Federal.
Houve um aumento de 63,5% em relação ao recorde de 2012, quando foram contabilizados R$ 116,4 bilhões de impostos e contribuições devidas, mais multas e juros.
O fisco avaliou como "extraordinário" o desempenho e espera resultado inferior neste ano: R$ 140 bilhões.
Mais de 80% das empresas autuadas são grandes contribuintes, ou seja, têm faturamento anual superior a R$ 120 milhões. O setor campeão de multas foi a indústria, com R$ 74,4 bilhões (alta de 77%).
O financeiro veio em seguida, com R$ 42,1 bilhões. Segundo a Receita, foi o setor que teve o maior aumento nos autos de infração, de 167,5%.
A multa de R$ 18,7 bilhões aplicada ao Itaú Unibanco pesou na estatística, mas os bancos e outras instituições financeiras são, historicamente, dos maiores contribuintes na mira do fisco.
Como quase todos os grandes contribuintes optam por discutir a autuação, tanto na esfera administrativa como na judicial, o dinheiro que chega de fato aos cofres públicos gira em torno de 3% do valor das autuações.
Em 2013, o total pago foi de R$ 30,7 bilhões, sendo R$ 21,8 bilhões referentes ao programa do governo de parcelamento de débitos em atraso.
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