Ficha Corrida

06/11/2013

Mídias só viram grupos com ajuda de ditadores

Enquanto se acham as provas, isto é, enquanto estiverem escondidas, a realidade não existe. Ela só passa a existir mediante a prova material. Se milhares de pessoas sumiram, jogadas de um avião dentro do Rio da Prata, se não houver prova, mesmo que as pessoas tenham sumido, não existe. A corrupção não existia porque quem teria o papel de publicar fazia parte e só existia em função da corrupção.

Fazem parte de grupos que nasceram e cresceram com ditadura: Grupo Clarín, Grupo Folha da Manhã (Folha,UOL), Grupo Abril, Grupo Estado (Estadão, Jornal da Tarde), Grupo Globo, Grupo RBS. A Folha achou por bem, em benefício próprio, mudar o nome de ditadura para ditabranda. O Globo admitiu que foi um erro apoiar a ditadura, mas não pediu perdão porque o único perdão seria devolver o que roubou. E a RBS está mais quieta que guri cagado.

Tem mais grupos e corruptos, mas estes são o principal legado da Ditadura. São estes grupos os encarregados de venderem a ideia de que na ditadura não havia corrupção. Mas qualquer ameba sabe que a ditadura é A corrupção. O resto é entulho. A Folha, no afã de defender seu parceiro de ditadura, diz que o governo argentino é inimigo do Clarín, não o contrário. Como foi a Suprema Corte que aplicou uma lei do Congresso, estes também não teriam de ser colocados como inimigos do Clarín? É por isso que estes velhos grupos mafiomidiáticos são risíveis. Acham que todo mundo é idiota.

Papéis revelam elo de Clarín e junta, diz governo argentino

Entre 1.500 documentos encontrados haveria registro de auxílio de militares para comprar empresa de papel-jornal

LÍGIA MESQUITADE BUENOS AIRES

O governo argentino disse ontem que, em meio a 1.500 documentos da ditadura descobertos na semana passada, há diversos mostrando que a junta militar nos anos 70 ajudou o Clarín a comprar parte da Papel Prensa, maior empresa de papel-jornal do país.

A revelação ocorre no momento em que o governo dá início a um processo para desmembrar o grupo de mídia, seu inimigo. A divisão será possível após decisão da Suprema Corte que validou a nova Lei de Mídia do país.

Os registros foram achados em 31 de outubro, mas a divulgação foi feita anteontem. O governo, porém, diz que só vai disponibilizar os documentos em seis meses.

No anúncio da descoberta, o ministro da Defesa, Agustín Rossi, se ateve principalmente aos registros relacionados à Papel Prensa, que tem como sócio majoritário o Clarín, com 49% das ações –o grupo La Nación, do jornal homônimo, tem 22,5%, e o Estado, 27,5%.

Segundo Rossi, os papéis mostram que há relação entre a venda da Papel Prensa, o "desaparecimento" de seu antigo dono, David Graiver (morto em um acidente aéreo em 1976), e as prisões de seus familiares na sequência.

O ministro disse que foram achados 13 documentos originais que falam sobre a empresa, com datas de 15/9/76 a 1/12/77, "o que demonstra que [o tema] era de discussão permanente na junta".

A venda da Papel Prensa para a Fapel, sociedade que era integrada por Clarín, La Nación e La Razón foi feita em novembro de 1976.

‘LESA-HUMANIDADE’

Em 2010, a presidente Cristina Kirchner afirmou que a venda da empresa foi ilegal. Na época, o governo apresentou um documento dizendo que a negociação teria ocorrido em meio a ameaças, torturas e prisões dos membros da família Graiver, e o Estado entrou com ação na Justiça contra Clarín e La Nación por crime "de lesa-humanidade".

Em maio deste ano, a bancada governista na Câmara apresentou um projeto de lei para desapropriar 24% das ações da Papel Prensa.

Caso isso aconteça, o Estado passará a ser o sócio majoritário da empresa.

Os grupos Clarín e La Nación afirmam que a negociação foi feita de forma legal e antes de terem acontecido as prisões e as torturas.

Entre os papéis encontrados no subsolo do Edifício Condor, sede da Força Aérea, estão 280 atas secretas da junta militar, do período de 1976 a 1983, e listas "negras" com nomes de artistas, jornalistas e intelectuais considerados "perigosos", como o escritor Julio Cortázar.

1 Comentário »

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    Pingback por Mídias só viram grupos com ajuda de ditadores | EVS NOTÍCIAS. — 06/11/2013 @ 5:21 pm | Responder


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