Yoani Sánchez, patrocinada pela CIA e ciceroneada pela direita internacional e seus financiadores ideológicos faz périplo pelo mundo criticando a liberdade de expressão em Cuba. Cansada, volta para casa para desfrutar de seu cárcere na ilha que sofre há 50 anos bloqueio econômico dos EUA. O que aconteceria se ela resolvesse falar de todas as tentativas da CIA em assassinar Fidel Castro, ou dos terroristas cubanos de Miami? O mesmo que aconteceu com Bradley Manning, Edward Snowden, Julian Assange e agora Ilija Trojanow…. Quem oUSA criticar o terrorismo de estado praticado pelos EUA já sabe o que pode acontecer: ter de tirar os sapatos para lá entrar, preso, torturado, assassinado, não necessariamente nesta ordem, como noticiou ontem a Folha de São Paulo.
Autor alemão é barrado ao viajar aos EUA
Crítico da espionagem americana, Ilija Trojanow foi impedido de embarcar em Salvador sem receber justificativa
Escritor compara falta de transparência do ato ao caso Snowden; companhia aérea diz que faltou autorização
FABIO VICTOREDITOR-ADJUNTO DA "ILUSTRADA"
O escritor alemão nascido na Bulgária Ilija Trojanow, 48, crítico do sistema de espionagem da NSA, a Agência de Segurança Nacional dos EUA, afirma ter sido impedido de viajar para o país a partir de Salvador anteontem sem motivo aparente.
Em entrevista por telefone à Folha, Trojanow contou que embarcaria da capital baiana, onde fez um intercâmbio depois de participar da Bienal do Livro do Rio, rumo a Denver –onde participaria de debate–, via Miami.
Cerca de 45 minutos após entregar o passaporte à American Airlines, foi avisado de que não poderia viajar. Ele diz que recebeu justificativa –a funcionária só informou-lhe que seu caso era "especial". Ontem à noite, ele viajaria do Rio à Europa.
Trojanow diz que sua documentação estava regular, inclusive o documento "Esta", autorização a passageiros de países que não precisam de visto para os EUA.
Autor dos romances "Degelo" (sobre aquecimento global) e "O Colecionador de Mundos" (biografia ficcional de sir Richard Burton), publicados pela Companhia das Letras, Trojanow escreve para jornais da Alemanha, da Áustria e da Suíça.
Encabeçou recentemente, ao lado da escritora Juli Zeh, um manifesto de intelectuais alemães, publicado no jornal "Frankfurter Allgemeiner", cobrando da chanceler Angela Merkel atitude contra a espionagem dos americanos.
"Pela Constituição alemã, ela tem a obrigação de defender os direitos dos cidadãos", disse ontem à reportagem.
Trojanow e Zeh escreveram há três anos o livro "Angriff auf die Freiheit" (ataque à liberdade), crítica a sistemas de monitoramento atuais.
Questionado se suas críticas à espionagem dos EUA motivaram o episódio de segunda-feira, disse: "Não tenho certeza de nada, pois vivemos num tempo sem transparência. Não há como protestar, não há como buscar Justiça. É uma caixa-preta."
Mas faz relação direta entre seu episódio e o caso Snowden. "Essa é uma história exemplar de como se opera um Estado dentro do Estado, e é exatamente da ausência de transparência que trata o escândalo Snowden."
Em depoimento sobre o caso ao "Frankfurter Allgemeiner", Trojanow observou: "É mais que irônico que a um autor que levanta a voz contra os perigos da espionagem (…) seja negada a entrada na terra dos bravos e livres’".
Procurada, a Embaixada dos EUA recomendou que a reportagem contatasse a American Airlines.
A empresa informou que o "Esta" não foi autorizado pelas autoridades dos EUA, que "cumpre rigorosamente as determinações governamentais" e que não sabe por que a autorização foi negada.
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Pingback por O que acontece a quem oUSA criticar Tio Sam? | EVS NOTÍCIAS. — 02/10/2013 @ 2:26 pm |