Em agosto enviei uma carta à PIAUÏ, q fazia crítica à revista . Claro q não foi publicada. Aí vai: Quando surgiu a revista Piauí imaginei que poderia ser a publicação que faltava para dar vazão à excelente produção do cartum brasileiro (estou falando de desenho atemporal permanente e não da charge de atualidade, que tem vida curtíssima e já tem o seu espaço!). Pensei que a revista seria a nossa New Yorker, que é a bíblia do bom cartum estadounidense, afinal nos grandes salões de humor gráfico internacionais sempre tem brasileiro ganhando. Também esperei belas capas feitas por artistas gráficos daqui, como faz a New Yorker, convidando os caras que conjugam grande qualidade gráfica e humor sutil. Não rolou, porque a revista preferiu comprar material de fora, de qualidade duvidosa, como o ultrapassado francês Gotlieb (talvez por critério de preço, já que o material surrado por lá é revendido a preço de banana aqui!). Na edição 58, pelo menos compraram um beaujolais de qualidade, Jean-Jacques Sempé, um dos melhores do mundo. Mas a prova de que a revista precisa de um editor de cartum e ilustração (na New Yorker o cartunista Robert Mankoff edita isso), é que o editor não entendeu os desenhos do mestre e botou na capa "vítimas da mídia", quando os cartuns falam exatamente o contrário. No melhor deles, que é uma sequência deliciosa, o personagem é um comunicador ególatra que fica frustrado porque alguém não fala dele como estrela televisiva. Santiago
23/10/2011
A (des)crença do Santiago
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