Dilma, para poder fazer uma faxina completa, tem de se afastar do senadores corruptos e dos meios de comunicação que os protegem. Junto dos grupos mafiomidiáticos não há salvação. Jarbas Vasconcelos, o paladino da moralidade da Globo, é aquele mesmo Senador que se revoltou com o Bolsa Família, inventando um garçom que teria largado o emprego porque recebia o festejado auxílio. Ate hoje o garçom não foi encontrado. Nenhuma pergunta sobre este assunto ao Pinóquio Pernambucano. Nenhuma ressalva ao seu passado golpista, nem às suas alianças com direita escrota que a Globo endossa. A declaração de bens do Varão de Plutarco é uma obra prima de Carlo Collodi. O papel do Jarbas é igual aquela bolinha que caiu na cabeça do Serra e que a Globo transformou em torpedo exocet. Puro despeito contra Lula.
‘Não podemos esmorecer’
Jarbas Vasconcelos diz que faxina é forma de Dilma reforçar imagem diferente de Lula
Publicada em 20/08/2011 às 20h09m
Adriana Mendes (adriana.bsb@oglobo.com.br)
BRASÍLIA – Entre os integrantes da frente suprapartidária de combate à corrupção e à impunidade, Jarbas Vasconcelos (PMDB-RS) foi enfático no apoio à presidente Dilma Rousseff para que ela amplie a faxina no governo. Único peemedebista contrário ao governo, o senador completa 69 anos terça-feira, data da primeira reunião da frente suprapartidária na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Em entrevista ao GLOBO, Jarbas avalia que Dilma busca se diferenciar do ex-presidente Lula e prevê um conflito entre "criador" e "criatura" para a disputa na eleição presidencial de 2014. "A corrupção está incorporada à paisagem brasileira. É como se fosse um outdoor e já está generalizada no governo".
ÁUDIO :Ouça trecho da entrevista
A frente contra a corrupção vai crescer?
JARBAS VASCONCELOS: O movimento só se consolida e só se expande se a presidente tomar uma medida uniforme com relação a todos os partidos. Não adianta ela fazer o que fez com relação ao Ministério dos Transportes e ficar de faz de contas em relação aos outros. Dilma só consolida essa posição dela, que é uma posição louvável, se ela tiver apoio da sociedade, das entidades, da mídia e do Congresso.
Deveria haver uma medida mais forte por parte de Dilma?
JARBAS: Mais forte e para todos. Ela não pode deixar de lado porque tal partido é grande, ou porque pertence a ele, no caso o PT. Ela tem que enfrentar isso de maneira firme, determinada e com a conduta uniforme. Ela não pode estar com um peso para um e uma medida para outro
Por que é difícil maior adesão de parlamentares?
JARBAS: Primeiro, por acomodação. Segundo, compromisso com cargos, emendas. Não querem contrariar o governo. Acham que fazer parte de uma frente dessas, só depois de consultar a presidente. Mas o que a gente não pode é esmorecer. No combate à corrupção, ela tem de exercer a autoridade dela de forma clara, transparente e linear. No Congresso, uma grande parte que é fisiológica não apoia.
Quatro ministros já caíram, três por denúncias. Dilma está colocando o dedo na ferida?
JARBAS: Para mim, era previsível. Eu tinha para mim mais ou menos essa previsão, porque ela tem um conceito, a conduta e fama de durona. Eu achava que, se ela enveredasse por essa formação dela, essa formação de não conviver com o malfeito… eu acho que em determinados momentos ela iria enfrentar isso. Enfrentar isso tem muitas contradições e muitos problemas para Dilma. Primeiro, porque é uma herança de que ela participou. Ela também criou essa herança. É uma herança maldita que veio de Lula, mas de que ela participou, porque foi chefe da Casa Civil. Ela presenciou (o fato de) que Lula alisava, passava a mão na cabeça de corruptos. Lula convivia bem com mensaleiros, Lula amparou e defendeu os aloprados. Sempre saiu em defesa de Sarney. Na crise de Sarney, ele se colocou à frente dizendo que Sarney era uma pessoa diferenciada. Tudo isso, ela presenciou.
Leia a entrevista na íntregra no Globo Digital .
Jarbas Vasconcelos diz que faxina é forma de Dilma reforçar imagem diferente de Lula – O Globo
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