Ficha Corrida

12/08/2011

Antes Motta do que eununca

Filed under: Abobado,Colonista — Gilmar Crestani @ 8:18 am
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O colonista e celetista do Estadão, talvez até amigo do ex-diretor de redação do Estadão, Pimenta Neves, Nelson Motta não muda o disco. Pinça uma frase do Tarso e descontextualiza. Ele poderia ter incluído na lista dos europeus para embasar sua tese Paulo Francisquiana a esquerda italiana, de D’Alema. Ora, a esquerda européia que ele cita, de Zapatero na Espanha ou dos gregos, erram, sim, mas não pelo que ele cita. Erraram porque ganharam com a esquerda mas governaram com a direita. Entraram numas de cortar de um lado e perdoar o capital especulativo de outro. Como sabemos, são os trabalhadores que causam catástrofes econômicas. Afinal, o Lehman Brothers era administrado por… trabalhadores…

O piadista é ótimo. Mistura, num texto de poucos toques, Lula, lulopetismo, pt, Tarso, Sarney, socialistas gregos, espanhóis e portugueses e… José Dirceu. Pronto, citar um texto antipetista e não incluir José Dirceu, é como concluir uma tese envolvendo a inseminação artificial nas éguas do Mato Grosso sem citar Kant.

Mas os indigentes mentais o idolatram, então fazer o quê?!

Ou, como diria Aristóteles, a inveja é uma merda!

Antes Tarso do que nunca

12 de agosto de 2011 | 0h 00

Nelson Motta – O Estado de S.Paulo

"Os partidos de esquerda que mantiverem a velha tradição de luta interna pelo controle dos aparelhos de poder, sem um projeto ousado e inovador, ficarão como os socialistas gregos, espanhóis e portugueses: sem fazer as suas reformas, serão reformados pelo mercado…"

É incrível, mas foi o Tarso Genro que disse isso! E o que fizeram os progressistas gregos, espanhóis e portugueses? Inflaram os gastos públicos com pessoal, empregaram seus companheiros no governo e nas estatais, ampliaram os direitos sociais mas não os deveres fiscais dos cidadãos, se endividaram temerariamente, aumentaram as cargas trabalhistas e diminuíram a competitividade de seus produtos, epa!, parece até que estamos falando do jeitão lulopetista de governar. Seria uma autocrítica tardia? Antes Tarso do que nunca.

E o que não fizeram os companheiros europeus? As reformas tributárias, previdenciárias, políticas e econômicas que deviam fazer. E foram atropelados pelos fatos, pelos números e pelas leis implacáveis do mercado, aquelas que não mudam por decreto nem por "vontade política".

Nem bem refeito do choque com a surpreendente advertência de Tarso, levo um susto com o que leio nos jornais:

"É natural que os partidos indiquem os ministros e o seu entorno, mas o resto deve ser da burocracia, com servidores concursados."

Quem disse isso foi José Dirceu, aparelhador-mor do Estado, articulador das alianças com partidos podres e políticos fisiológicos que rapinam os cofres públicos, que agora defende a meritocracia e não mais a "ocupação estratégica dos espaços políticos" para a realização do grande plano de poder petista. Duro vai ser tirar a companheirada do bem-bom e dar esses 25 mil cargos aos funcionários mais competentes.

Para nossa ainda maior surpresa, o PT desistiu publicamente da sua bandeira histórica do "controle social da mídia". E para encerrar a sucessão de assombros, as palavras abalizadas de Sarney, o nepotista-mor: "Parentes no governo só criam problemas".

Não sei não, mas se eles continuarem com essas ideias amalucadas, corremos o risco de acabar caindo numa democracia.

Antes Tarso do que nunca – brasil – Estadao.com.br

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