O jornalista britânico do The Independent , Robert Fisk, deu uma palestra, recentemente, a Al Jazeera, onde falou a respeito do uso da linguagem do poder pelos meios de comunicação. O artigo pode ser conferido em vários sites brasileiros, inclusive na Carta Maior.
É por isso que o mesmo assunto merece a mesma manchete em jornais de diferentes famiglias. E não é só no título que se repetem, mas também na terminologia como no viés ideológico.
Tomemos como exemplo a RBS. O mesmo assunto é abordado nos jornais, rádios e tvs do grupo para reforçar determinada visão de mundo. Se isso se pode chamar de visão. Agora foi a vez da fumageira Philips Morris, junto com a Alliance, financiadora do PSDB no RS e anunciante no Grupo RBS, enfiar guela abaixo uma nova terminologia para fumageira. A Philips Morris agora é cigarreira, como tenta nos convencer Zero Hora na edição nº 16362, de 10/06/2010: Cigarreira inicia obra em Santa Cruz do Sul. E com financiamento do Governo do Estado. Aliás, com muita lógica: incentivo a produtos cancerígenos e diminuição nas verbas da Saúde, os males do Rio Grande são. Este consórcio Yeda & RBS é de morte, não é mesmo?!
Que interesses há por trás do uso do termo “cigarreira”? Será que querem nos confundir, já que cigarro não é feito só de fumo?! Há um ex-presidente, baseado em sua experiência de vida, dizia que fumava e não tragava… Será disso que se trata a nova fábrica? O papel, Colomi, sairá da RBS ou vão enrolar com papel jornal?
Ou será que, sem querer, estão, por ato falho, dizendo que os fumantes são como cigarras, que fumam no verão, mas morrem no próximo inverno?
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