Ficha Corrida

24/07/2016

Os verdadeiros terroristas brasileiros têm o DNA da Rede Globo

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Colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, é um dos mais importantes jornalistas brasileiros. Analisa as questões políticas e econômicas. Escreve aos domingos e quintas-feiras.

Ministro da Justiça inclui Brasil no mapa do terror

24/07/2016 02h00

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Os nossos terroristas não se assemelham aos que atacam a França, os Estados Unidos, a Inglaterra, agora a Alemanha, e outros comprometidos em ações bélicas no Oriente Médio, na Ásia e na África. Os nossos terroristas não matam pessoas inocentes para fazer mal a cada país inimigo. Mas os nossos terroristas fazem certo mal como os terroristas armados.

Com a diferença de que atingem um só país. O seu. O nosso.

Nenhuma das mazelas de que somos íntimos é exclusividade brasileira. Todas estão pelo mundo afora, em graus e concentrações variáveis. Nada, muito menos as mazelas alheias, justifica ou compensa as nossas. Embora possamos dizer, e deveríamos dizê-lo muito e alto, que não andamos por aí massacrando povos e destruindo cidades alheias, tomando terras, roubando riquezas. Exclusividade nossa, parece, é o vício de nos alimentarmos de nossas mazelas, de usufruí-las em um enorme gozo nacional, que faz do nosso um país patético.

Desde 2008, o mundo todo é corroído por crise econômica. Consequência de patifarias no sistema financeiro dos Estados Unidos muito maiores do que o ocorrido na Petrobras. Cada brasileiro vive ainda, de algum modo, efeitos daquele estouro, mas só uma parte ínfima da população tem ideia aqui do se passou lá, e de como nos atingiu. Explica-se: apesar dos milhões de norte-americanos que perderam suas casas ou suas economias, o problema foi tratado publicamente com cautela e sobriedade pelas instituições oficiais e por imprensa e TV.

No Brasil, o sensacionalismo é a regra. A veracidade é secundária, ou nem isso. A preocupação com os efeitos do espalhafato inexiste. O escândalo gera escândalo, e passa ele a ser um escândalo –não mais interno, apenas, mas o Brasil escandalizando o mundo. É o terrorismo contra si mesmo, é o nosso terrorismo.

Se esse terrorismo não ataca a vida humana em ação direta, não deixa de fazê-lo por outros meios. O período dos altos índices de inflação legou um exemplo claro. A par de outros fatores, o escândalo feito com a inflação, a cada taxa nova ou hipótese de taxa, levava a imediato aumento dos preços e a inflação para mais alto.

Os efeitos sociais negativos dispensam referências.

O exemplo se atualiza com a Petrobras. Na combinação de razões corretas e muitas leviandades, o escândalo da bandalheira de menos de meia dúzia de sujeitos, na maior empresa brasileira, atingiu em cheio não só a Petrobras, mas também a riqueza brasileira do pré-sal. A crise da estatal alcança as finanças dos estados e milhares de empregos. O papel do pré-sal no futuro do país é rebaixado a objeto de negócios com que cobrir alguns buracos nas contas de hoje. Por suas proporções anormais até para escândalos, o da Petrobras escandalizou o mundo e expõe à sanha da cobiça internacional.

A Olimpíada não poderia escapar. A caça ao escândalo não teve o êxito esperado das contas e dos prazos descumpridos, tradicionais fornecedores. O terrorismo, sim, afinal teve um ato positivo: entregou-se como pretexto. A imprensa e a TV faziam o possível, até indicaram, inclusive com mapa, o que serão os pontos mais atraentes ou vulneráveis para a ação de terroristas. Veio, porém, do próprio governo o embalo do sensacionalismo. Por intermédio de quem mais deveria combatê-lo: o ministro da Justiça.

Alexandre Moraes dividiu-se entre o ridículo e a irresponsabilidade, ao se apresentar a propósito da prisão de dez talvez terroristas futuros. Com informações logo contestadas por um juiz e, de objetivo, um mínimo indício a ser verificado, aos ouvidos do mundo o ministro da Justiça incluiu o Brasil no mapa do terror. Quando estrangeiros cuidam de sua viagem para o Brasil da Olimpíada.

No nosso terrorismo, o ministro Alexandre Moraes é mais eficiente do que os seus dez presos.

Somados.

19/09/2015

EUA e Cuba, tem papo? Não, tem Papa!

Como na fábula da rã e do escorpião, não há porque pensar que os EUA mudarão a natureza de seu proceder. Continuarão atuando com truculência. Como Cuba não cedeu, os EUA cederam. Estão dando um passo atrás para avançarem rápido como uma blitzkrieg. Tão logo quanto possível, vão tentar transformar, novamente, Cuba num puteiro. Fulgêncio Batista morreu, mas o modus operandi dos EUA em relação ao seu quintal não mudou. E sempre haverá um FHC, um José Serra, um quinta coluna para tirar os sapatos e lamber as botas ianques.

Se alguém quer conhecer a natureza do ódio que os EUA armazenam em relação à Cuba leia “Os últimos soldados da guerra fria”.

A existência de Bradley Manning, Edward Snowden,  Julian Assange servem para nos mostrarem do que os EUA são capazes.

Premonición

Por Eduardo Valdés *

“Estados Unidos dialogará con Cuba cuando tenga un presidente negro y haya un papa latinoamericano”. Esta fue la respuesta de Fidel Castro al periodista Brian Davis quien, en 1973, durante una ronda de prensa a regreso de un viaje a Vietnam, le había preguntado cuándo creía que se podrían restablecer las relaciones entre Cuba y Estados Unidos.

Del 19 al 22 de este mes, el papa Francisco, el primer papa latinoamericano de la historia y además argentino, visitará Cuba como coronamiento del puente más importante que logró construir desde su elección a Sumo Pontífice que consiste justamente en el restablecimiento relaciones entre Cuba y Estados Unidos.

Un deshielo para el cual fue decisiva la reunión que tuvo lugar en marzo del año pasado en el Vaticano entre Barack Obama, el primer presidente negro de Estados Unidos, y el papa Francisco, aunque las conversaciones se desarrollaron en su primera etapa en Canadá. Decisiva fueron también las dos cartas idénticas que el Santo Padre dirigió al presidente Obama y a su par cubano Raúl Castro invitándolos a “resolver cuestiones humanitarias de interés común, con el fin de lanzar una nueva fase en las relaciones entre las dos partes” como precisó al respecto un comunicado emitido por el Vaticano. Dichas cartas fueron entregadas a sus destinatarios por el arzobispo de La Habana, el cardenal Jaime Ortega, otro gran protagonista de esta histórica mediación papal cuyo broche de oro será la llegada del Santo Padre a La Habana.

A ese respecto, los obispos de la Iglesia Católica cubana destacaron que “con esta visita, el Santo Padre quiere mostrarnos su cercanía en un momento en que, gracias también a su mediación, se respiran aires de esperanza en nuestra vida nacional por las nuevas posibilidades de diálogo que están teniendo lugar entre Estados Unidos y Cuba. ¡No es fácil vivir peleados con el vecino de al lado! ¡Por eso es muy importante lo que viene haciendo el Papa, como pastor universal de la Iglesia, en la búsqueda de la reconciliación y la paz entre todos los pueblos de la tierra!”

Con toda probabilidad el papa Francisco aprovechará esta importante visita, y aún más sus discursos ante el Congreso de Estados Unidos y las Naciones Unidas, para reiterar su llamado a la paz y volver a denunciar al tráfico de armas y a los intereses internacionales involucrados en este comercio.

Muchas veces el Santo Padre hizo referencia a este tema:

1) En la entrevista con el periodista Henrique Cymerman, publicada en el periódico catalán La Vanguardia el 12 de junio de 2014, lo explicó de forma muy contundente: “Descartamos a toda una generación para mantener un sistema económico que ya no se sostiene, un sistema que para sobrevivir tiene que hacer la guerra, como siempre han hecho los grandes imperios. Pero, puesto que no se puede hacer la tercera guerra mundial, entonces se hacen guerras locales. ¿Y esto qué significa? Que se fabrican y se venden armas, y de esta manera los balances de las economías idólatras, las grandes economías mundiales que sacrifican al hombre al pie del ídolo dinero, obviamente se sanan”.

2) Además, volvió a denunciar los intereses de los traficantes de armas y la indiferencia al respecto de los Estados durante la Misa de Pascua cuando también expresó la esperanza de que el pacto entre Irán y el Grupo 5+1 “constituya un paso definitivo hacia un mundo más seguro y fraterno”, para luego pedir el cese al fuego en Siria e Irak, haciendo extensiva la plegaría por Tierra Santa, Libia, Yemen, Nigeria, Sudán, la República Democrática del Congo y su “amada” Ucrania.

3) Por último, durante la audiencia general del miércoles 2 de septiembre, al recordar que en aquellos días se conmemora en Asia el final de la Segunda Guerra Mundial, el Papa volvió a denunciar que “los fabricantes y traficantes de armas están manchados con la sangre de los inocentes”.

Sin embargo, cabe destacar otro aspecto del llamado del Santo Padre a construir la paz. En ocasión del encuentro con los 7 mil niños de la Fábrica de la Paz, él también explicó que la paz no consiste sólo en el silencio de las armas, sino que para que haya paz hace falta también que “cada día se dé un paso en la justicia, para que no haya niños hambrientos, enfermos que no tengan la posibilidad de ser ayudados en la salud. Hacer todo esto es hacer la paz. La paz es un trabajo, no es quedarse tranquilos, es trabajar para que todos tengan la solución a los problemas, a las necesidades que tienen en sus tierras, en sus patrias, en sus familias, en sus sociedades: así se hace la paz, ¡artesanalmente!”.

En dos entrevistas que el papa Francisco ha concedido recientemente, volvió a explicitar este concepto aun más claramente. Hablando de la crisis migratoria actual a la emisora portuguesa Radio Renascença dijo: “Vemos estos refugiados, esta pobre gente, que escapa de la guerra, que escapa del hambre, pero esa es la punta del iceberg” y precisó “pero debajo de eso, está la causa, y la causa es un sistema socioeconómico malo, injusto, porque dentro de un sistema socioeconómico, dentro de todo, dentro del mundo, hablando del problema ecológico, dentro de la sociedad socioeconómica, dentro de la política, el centro siempre tiene que ser la persona”.

Luego, hablando a la radio argentina Milenium, volvió a explicar que “vivimos en un sistema que por ganar dinero se ha desplazado al hombre del centro y se ha puesto al dinero desembocando en la existencia de sistemas corrompidos, con esclavitud, trabajo esclavo y descuido de la creación”.

En cambio, para construir la paz hace falta volver a poner el hombre al centro del proyecto político y eso no tanto como “ciudadano” o como “sujeto económico”, sino como “persona dotada de una dignidad trascendente” como pidió en su visita al Parlamento Europeo en Estrasburgo, el pasado 25 de noviembre.

Sin embargo, cabe destacar que esto comporta también promover una “globalización de la “solidaridad”, porque “la inequidad, la injusta distribución de las riquezas y de los recursos, es fuente de conflictos y de violencia entre los pueblos, porque supone que el progreso de unos se construye sobre el necesario sacrificio de otros y que, para poder vivir dignamente, hay que luchar contra los demás”, como subrayó el Santo Padre en la Exhortación Apostólica Evangelii gaudium.

Por su parte, también los obispos cubanos subrayaron que “la misericordia es también “ponerle corazón a la miseria” y añaden que “el papa Francisco, Misionero de la Misericordia, quiere invitarnos a que no nos cansemos de practicar la misericordia.”

Una esperanza en este sentido se expresa también de algunos documentos reservados de la Casa Blanca y del Departamento de Estado de Estados Unidos que dio a conocer el diario italiano La Stampa. En dichos documentos escritos para la preparación del primer encuentro entre el Papa y el presidente Obama, que se llevó a cabo en marzo del año pasado en el Vaticano, se afirmaba que “la herencia diplomática del papa Francisco todavía está en construcción, pero la ‘conversión pastoral’ que es la característica de su pontificado, está cobrando formas importantes. La presencia del Pontífice en el escenario global significa que sus acciones pastorales tendrán amplias implicaciones políticas”.

A ese respecto, permítanme afirmar que personalmente opino que esta previsión tendrá el mismo destino que la premonición de Fidel Castro.

* Embajador de la República Argentina ante el Vaticano.

Página/12 :: El mundo :: Premonición

16/08/2015

A ração que alimenta nossos vira-latas

Filed under: Arapongagem made in USA,EUA,ONU,Terrorismo de Estado — Gilmar Crestani @ 10:30 am
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eua vergonhaNinguém tem o direito de recusar esta obviedade, os EUA estão por trás de todos os movimentos anti-democráticos brasileiros. Nestes dias, Equador, Venezuela e Brasil estão, como publicou hoje o jornal argentino Pagina12, na mira dos interesses imperialistas norte-americanos. Não é só a Petrobrás, que o José Serra, para se viabilizar junto aos ianques, já ofereceu à Chevron.

Um governo ventríloquo, como foi FHC, seria uma bênção. Não é mera coincidência, por isso, que um dos principais agentes de desestabilização política na América Latina, Arturo Valenzuela, tenha recebido espaço hoje na Folha. E veja, só o título com que ele começa a peroração: Venezuela precisa ter observadores para as eleições. Logo os EUA que fraudaram as eleições para George W. Bush, na Flórida, no ano 2000.

EUA espionaram ONU com apoio de tele

Gigante de telecomunicações AT&T ajudou agência de segurança a interceptar todos os e-mails das Nações Unidas

Por meio de diferentes métodos, companhia deu a órgão dos EUA acesso a trilhões de e-mails de sua rede

JULIA ANGWINJEFF LARSONDO "THE NEW YORK TIMES"

A habilidade da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) em espionar vastas quantidades de tráfico de internet no país teve como apoio a extraordinária parceria de décadas com uma única companhia: a gigante de telecomunicação AT&T.

Entre outras ações, a companhia deu assistência técnica para que fosse aplicada ordem de uma corte secreta que permitiu que fossem interceptadas todas as comunicações de internet na sede da ONU, um cliente da AT&T.

Embora se saiba há bastante tempo que as companhias de telecomunicações dos EUA trabalharam de forma próxima com a agência de espionagem, documentos da NSA recentemente divulgados mostram que a relação com a AT&T tem sido considerada única e especialmente produtiva.

Um documento a descreve como "altamente colaborativa", enquanto outro elogia a "extrema disposição [da companhia] para ajudar".

AMPLA GAMA

A cooperação da AT&T envolveu uma ampla gama de atividades confidenciais, de acordo com os documentos, datados de 2003 a 2013.

Por meio de diferentes métodos, cobertos por decisões judiciais, a companhia deu à NSA acesso a trilhões de e-mails que trafegavam em suas redes domésticas.

O orçamento ultrassecreto da NSA em 2013 para a parceria com a AT&T correspondeu a mais de duas vezes o valor gasto com o segundo maior programa desse tipo, de acordo com os documentos.

A companhia instalou equipamentos de monitoramento em ao menos 17 de suas centrais de internet em solo norte-americano, muito mais do que a Verizon, competidor que lhe é similar em tamanho.

E seus engenheiros foram os primeiros a testar novas tecnologias de monitoramento inventados pela agência de espionagem.

Um documento recomenda aos funcionários da NSA que sejam educados durante visitas às instalações da AT&T, afirmando: "Isso é uma parceria, e não uma relação contratual".

Os documentos, revelados pelo ex-funcionário da NSA Edward J. Snowden, foram revisados em conjunto pelo "The New York Times" e pela "ProPublica".

A NSA, a AT&T e a Verizon não quiseram se pronunciar sobre as revelações. "Não fazemos comentários sobre questões de segurança nacional", disse o porta-voz da AT&T.

Não está claro se os programas continuam operando da mesma forma atualmente.

Desde que as revelações de Snowden desataram um debate global sobre monitoramento, há dois anos, algumas companhias de tecnologia no Vale do Silício expressaram irritação com o que caracterizaram como intrusões da NSA e estabeleceram novas criptografias para coibi-las.

21/07/2015

Exorcismo: governos de Esquerda isolaram a besta do norte

cuba golpeA abertura das embaixadas dos EUA e Cuba mostram que o mundo evoluiu, menos a manada da direita brasileira que continua sendo amestrada pela Rede Globo. Não é sem motivo que enquanto os dois arqui-inimigos baixam as armas a direita brasileira levanta a bandeira do golpismo.

A involução da espécie homo brasiliensis pode ser medida pela desproporção com que congressistas, do tipo Eduardo CUnha, Feliciano e Malafaia dedicam ao nosso cu em comparação com a modernidade do país. Só Freud pode explicar esta fixação da direita hidrófoba, homofóbica e do vai pra CUba e nos destinos dos cus dos brasileiros.

Agora que Cuba deixou de servir de álibi golpista aos EUA uma pergunta aos coxinhas: quantos tempo os EUA sobreviveriam a um bloqueio econômico? Resposta, o mesmo tempo que um vampiro sobrevive sem o sangue de suas vítimas.

Se Cuba não mudou o que mudou? Os EUA. Então Cuba estava certa e os EUA, errados. Se os EUA estavam errados, não caberia um indenização por tantos anos de bloqueio econômico?

E os países capachos que apoiaram um erro?

É nisso que dá países ventríloquos, da diplomacia dos pés descalços, como o foi o de FHC. 

Com festa, EUA e Cuba reabrem embaixadas

Chanceleres celebram distensão após 54 anos, mas ressaltam diferenças entre países em discursos em Washington

Cubano pede fim de embargo; mojitos, protestos, palmas e gritos de ‘Viva Fidel’ se misturam em cerimônia

MARCELO NINIODE WASHINGTON

Entre vivas e protestos, a bandeira de Cuba voltou a tremular em sua embaixada nos EUA nesta segunda (20), mais de meio século após o rompimento entre os países. A reabertura da representação cubana em Washington, no mesmo imponente casarão onde funcionou até 1961, sela o histórico restabelecimento das relações diplomáticas, anunciado em dezembro.

"Eu não podia morrer sem ver isso", exultava o aposentado cubano Eloy Hernández, 88, que vive há 37 anos nos EUA. Sentado em uma cadeira dobrável sob um sol escaldante, ele mal escondia a emoção de viver um momento pelo qual esperou 54 anos.

"Nada é para sempre e um dia as coisas tinham que mudar. Espero que mudem para melhor também em Cuba."

Aliviando a ansiedade de Hernández e de dezenas de outros cubanos que foram ao local, a cerimônia começou com apenas seis minutos de atraso. Às 10h36 (11h36 de Brasília), a bandeira cubana foi hasteada no local pela primeira vez em 54 anos, sob aplausos e gritos de "Viva Fidel" da delegação cubana.

Com a reaproximação, a mansão no centro de Washington que funcionava como Escritório de Interesses cubanos volta a ser a Embaixada de Cuba nos EUA.

PROTESTOS

A rápida cerimônia arrancou aplausos também de cidadãos cubanos que não simpatizam com o regime socialista dos irmãos Castro.

"Viva Cuba"!, gritou a assistente de enfermagem Fanny Tromp, 65, há mais de duas décadas nos EUA. "Minha esperança é que isso acelere as reformas em Cuba, para o bem do povo. Mas não creio numa mudança de regime", disse, torcendo o nariz.

Entre as dezenas de pessoas que foram testemunhar o momento histórico, a maioria era a favor da reaproximação. Mas também houve protestos. No mais dramático, um homem se encharcou de tinta vermelha simbolizando "o sangue derramado pela ditadura castrista". Outros pediam com cartazes a libertação de prisioneiros políticos.

Apesar do clima de celebração, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, foi duro em seu discurso. Criticou o embargo dos EUA e exortou o presidente Barack Obama a usar o poder Executivo para removê-lo: "Os eventos históricos que vivemos só terão sentido com a retirada do bloqueio econômico, comercial e financeiro que tantos danos e privação causa a nosso povo".

Entre os 500 convidados havia celebridades, como o cantor cubano Silvio Rodriguez e o ator americano Danny Glover, além de diplomatas e políticos. A festa foi brindada com mojitos servidos no bar Ernest Hemingway, no segundo andar da embaixada.

Pouco depois, ao lado de Rodríguez, foi a vez de o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, lembrar as "profundas diferenças" que persistem, citando temas como direitos humanos e a aplicação da lei internacional. Mas defendeu o diálogo para enterrar a hostilidade.

"Este marco histórico não significa o fim das diferenças que separam nossos governos, mas reflete a realidade de que a Guerra Fria terminou há muito tempo, e que os interesses dos dois países são mais bem servidos com engajamento que com distância", disse Kerry.

15/07/2015

Quer saber quem são os corruptos brasileiros?

EUAGloboQuer saber quem são os corruptos brasileiros? Pergunte aos EUA, são eles que corrompem, aqui e em qualquer outro lugar do mundo. Se nem sempre foi assim, pelo menos depois da  Segunda Guerra tem sido assim, com certeza. É claro que para haver comprador há que haver vendidos. A Chevron só compra porque há sempre um José Serra, um FHC que se vendem.  Para estes dois entreguistas brasileiros vale a máxima cunha pelo Barão de Itararé: “Quem se vende sempre recebe mais do que vale”.

Para essa massa de ignorantes da Marcha dos Zumbis, que pensam que a corrupção é só do tempo em que ela é combatida, ficam aí os arquivos dos EUA para provar que não só havia corruptos na ditadura, como está devidamente documentada nos EUA. Aqui, nossa velha imprensa não tem a dizer por ser exatamente parte da ditadura. E ditadura é, por si só, corrupção, posto que, para existir, corrompe a democracia. Do início ao fim, e até hoje, os a$$oCIAdos do Instituto Millenium, que já fizeram parte do IBAD, do IPES e frequentaram o DOI-CODI, estão sempre prontos a afrontarem a democracia a e apoiarem golpistas. A marcha dos vadios só existiu porque, sendo bem amestrados, houve também quem os amadrinhassem. As prisões de Julian Assange, Bradley Manning e Edward Snowden explicam quão atual continua a prática colonialista dos EUA.

Daqui a 50 anos os EUA vão abrir novos baús para revelarem quem são os quinta colunas que conectam os golpistas atuais aos interesses dos EUA. Mas não precisamos esperar tanto tampo para saber que lá estarão as digitais do José Serra, FHC, Aécio Neves, e toda esta matilha que trabalha contra o Brasil.

ELIO GASPARI

O baú dos americanos

Documentos do tempo da ditadura ajudarão no estudo das conexões de Washington com Brasília

O lote de 538 documentos liberados pelo governo americano durante a passagem da doutora Dilma por Washington é um tesouro para quem quiser reconstituir a teia das relações entre os dois países durante a ditadura. Eles estão no site do Arquivo Nacional.

Seu maior valor está na divulgação de mais de uma centena de papéis da Defense Intelligence Agency, a DIA. Ao contrário do que diz a sabedoria convencional, a Central Intelligence Agency não é o único serviço de informações americano e a DIA é a principal operadora de informações militares. Por exemplo: o famoso general Vernon Walters, adido militar no Brasil em 1964, era da DIA e só foi para a CIA anos depois, como seu vice-diretor. Walters foi substituído no Brasil pelo coronel Arthur Moura, um descendente de açorianos, afável, até divertido, fluente em português. Nos anos de chumbo ele foi o mais poderoso funcionário americano no Brasil. Promovido a general a pedido do presidente Médici durante seu encontro com o colega Richard Nixon, passou para a reserva e posteriormente tornou-se diretor da empreiteira Mendes Júnior (ela, a da Lava Jato).

A maioria dos telegramas da DIA foi redigida por Moura. Ele sabia muito –do general que entornava ao mulherengo e ao falastrão. Ajudava os amigos, levando remédios para o ministro do Exército. Moura foi um porta-voz convicto da máquina repressiva da ditadura. Em 1976, já na reserva, escreveu uma carta pessoal ao presidente Jimmy Carter descascando sua política de direitos humanos. Lembrou-lhe que quatro anos antes, ao passar pelo Brasil como governador da Georgia, elogiara a forma como a ditadura combatia o terrorismo. Lembrou ao presidente que ele visitara o país para defender os interesses da fabricante de aviões Lockheed, em cujo jatinho viajara. Alô, Lula. (O general fez chegar uma cópia da carta ao Planalto.)

Do exame da primeira metade do lote de papéis liberados vê-se que o embaixador Charles Elbrick, sequestrado em 1969, manteve o senso de humor na noite de sua libertação, quando foi ouvido por agentes americanos. Elbrick achara que ia morrer. Uma vez solto, disse que se um dia tivesse que ir para a cadeia, ou se voltasse a ser sequestrado, gostaria de receber o tratamento que tivera. Os sequestradores compraram-lhe cigarrilhas quando seu estoque de charutos acabou. Ao levarem comida, desculparam-se pela qualidade: "Nós não sabemos fazer de tudo".

Para quem persegue charadas, o papelório joga luz numa. Em novembro de 1969, quando Carlos Marighella foi morto em São Paulo indo ao encontro de dois freis, o consulado americano lembrou a Washington que sua conexão com os dominicanos do convento de Perdizes já havia sido exposta num telegrama de dezembro em 1968. De fato, há décadas sabia-se que houve um contato do consulado com "frei (dezoito batidas censuradas)". Ilustrando a incompetência da polícia, ele contara que Marighella estivera no convento, localizado nas cercanias do DOPS. Essas dezoito batidas parecem ter sido desvendadas. Outro telegrama, transmitido três dias depois da morte de Marighella e liberado agora, identifica o religioso da conversa de 1968 como "frei Edson Maria Braga" (dezessete batidas). À época havia um frei Edson em Perdizes, mas seu nome completo era Edson Braga de Souza. Era o prior do convento.

09/07/2015

Os EUA sabiam porque foram eles que apoiaram

OBScena: printscreen da Folha convocando atos contra Dilma

folha-impeachmentSó um celerado pode pensar que na ditadura não havia corrupção. A ditadura era A corrupção! Corrupção do sistema democrático. Corrupção na associação de grupos como Folha & Globo com a ditadura, não só em termos ideológicos, mas também operacional. E aí não falo somente no uso das peruas da Folha para desovar os pedaços humanos que sobravam das orgias no DOI-CODI com a participação ativa e passiva de seus finanCIAdores ideológicos, como Frias, Brilhante UStra e o dono da Ultragás, Boilensen. Como o dono da Folha, segundo a Comissão da Verdade, assistia, in persona, as sessões de tortura, estupro e assassinato dos presos políticos, seus descendentes acharam por bem chamar tudo isso de ditabranda. É o DNA que passa de pai para filho. Claro, os EUA também sabiam disso. O eufemismo, quando se trata de crimes, é “desaparecidos”. Não é tortura, assassinato, estupro, esquartejamento é só “desaparecimento”…

Os EUA não só sabiam dos desaparecimentos como ajudavam a desaparecer. As malas de dólares entregues a institutos como IPES e o IBAD, comandos por ventríloquos de Washington como FHC.  Estes institutos faziam o que o hoje faz o Instituto Millenium; promovem internamente os interesses dos EUA mediante financiamento de movimentos do tipo MBL, a marcha dos zumbis, além de espionagem industrial para se apropriarem do pré-sal. O entreguismo da época é o mesmo de José Serra querendo entregar de graça o pré-sal à Chevron. Embora desta vez não seja clandestino, mas de forma escandarada, via projeto de lei, no Congresso, o método é o mesmo do da ditadura e revisitado no neoliberalismo do Consenso de Washington, tão bem encampado pelos 8 anos de governo FHC.

Tanto é verdade a participação de institutos como o Instituto Millenium, que os veículos a$$oCIAdos aos Millenium convocaram as marchas que incluíam bandeiras de golpe militar e ditadura. Se em 1964 o Globo festejava e saudava a ditadura em editorial, agora a convocação dos golpistas é ao vivo com cobertura idem. O clima de ódio, que está desaguando num fascismo crescente, tem sido fomentado pelos mesmos grupos de mídia que fomentam o golpe a a ditadura. E com patrocínio dos EUA, como mostrou Edward Snowden.

EUA sabiam sobre desaparecidos na ditadura militar

Documentos secretos americanos foram entregues à Casa Civil e podem ser consultados na internet a partir desta quinta-feira (9)

Enquanto família do ex-deputado Rubens Paiva ainda buscava seu paradeiro, telegrama já relatava sua morte

NATUZA NERY RUBENS VALENTEDE BRASÍLIA

Um conjunto de documentos secretos dos anos 70 agora liberados à consulta confirma que o governo dos Estados Unidos recebeu, antes de se tornarem claras para os familiares, informações privilegiadas sobre o destino de pelo menos três desaparecidos políticos durante a ditadura militar.

Trata-se do ex-deputado federal Rubens Paiva (1929-1971) e dos militantes de esquerda Stuart Edgard Angel Jones (1945-1971) e Virgílio Gomes da Silva (1933-1969).

Os papéis integram um acervo de 538 documentos que tiveram seu sigilo desclassificado parcial ou totalmente pelo governo Barack Obama em decorrência da viagem da presidente Dilma Rousseff aos EUA, no final do mês passado.

Os documentos foram entregues à Casa Civil e deverão ser liberados à consulta a partir desta quinta (9) no site do Arquivo Nacional.

Sobre o ex-deputado Rubens Paiva, um telegrama diplomático confidencial de fevereiro de 1971, cujo sigilo foi afastado somente em maio passado, afirma: "Paiva morreu durante interrogatório ou de um de ataque cardíaco ou de outras causas".

Para os americanos, se a notícia se tornasse conhecida, era certo que seus amigos iriam iniciar uma "campanha emocional e dura contra o governo brasileiro por todos os meios possíveis".

O autor do telegrama, o diplomata morto em 2003 e veterano da II Guerra John W. Mowinckel, ao final do texto pede que o embaixador norte-americano no Brasil desenvolva ações para "convencer" o governo brasileiro "de que algo deve ser feito para punir ao menos alguns desses responsáveis –punir por julgamento público".

Quando o telegrama foi escrito, a família seguia buscando informações sobre o paradeiro de Paiva. A versão oficial distribuída à imprensa pelo Exército era que Paiva fora resgatado por um grupo de terroristas e permanecia desaparecido. Várias investigações posteriores à ditadura concluíram que o deputado foi morto sob tortura logo após ter se apresentado para um depoimento. Seu corpo nunca foi encontrado.

Outro telegrama datado de 30 de setembro de 1969 e liberado em 6 de maio passado confirma a prisão, por equipes da Oban (Operação Bandeirante), do militante da esquerda armada Virgílio Gomes da Silva, mas ressalta que o nome dele não foi divulgado para a imprensa, e que "possivelmente a polícia vai não dar conhecimento público de que ele foi preso".

Virgílio morreu de tortura horas depois da prisão, segundo testemunhas, mas a versão oficial na época foi que ele permanecia foragido.

DESESPERO

Um telegrama de agosto de 1971 confirma que o cônsul dos EUA James Reardon recebeu da polícia brasileira a informação de que "Stuart Edgar Angel Gomes" havia sido preso pela polícia, mas acabara "escapando". "Advogado e família estão muito interessados, na verdade desesperados, para descobrir a fonte da informação de Reardon", diz o documento.

"Interessante ver como os órgãos de segurança do Estado americano tinham conhecimento do aparato repressivo. Impressiona o conhecimento detalhado que tinham desses crimes", disse à Folha o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Sob seu comando está uma assessoria da Comissão da Verdade encarregada de organizar documentos inéditos.

18/05/2015

Jornal argentino descobre o que sempre soubemos: FHC é um mercenário!

Las opiniones de Cardoso son apreciadas por Washington, según los archivos revelados por Wikileaks.

Imagen: EFE

EL MUNDO › EN BRASIL, EL EX PRESIDENTE CARDOSO REDOBLO SU APOYO A LA OPOSICION VENEZOLANA

La diplomacia paralela no descansa

Lilian Tintori y Mitzy Capriles, esposas de los opositores presos López y Ledezma, fueron recibidas por Cardoso, quien se comprometió a visitar Venezuela. Para los socialdemócratas es urgente erradicar la política “ideológica y bolivariana”.

Por Darío Pignotti

Página/12 En Brasil

Desde Brasilia

De San Pablo a Nueva York, con la atención puesta en Caracas. El ex presidente y efímero ex canciller Fernando Henrique Cardoso ha redoblado su apoyo a la oposición venezolana procesada por instigar a la insurrección armada, sumándose a las presiones encabezadas por el español Felipe González, considerado persona no grata por las autoridades caraqueñas.

Cardoso y González, jefe del gobierno español hasta mediados de los años ’90, integran el Club de Madrid, embarcado en una escalada contra el gobierno de Nicolás Maduro, al que acusan de violar los derechos humanos por la detención de Leopoldo López y Antonio Ledezma.

La visita de Cardoso a Venezuela quedó por lo pronto suspendida, dado que Felipe González frenó provisoriamente el viaje que estaba agendado para hoy, según las informaciones recogidas al cierre de esta crónica.

“No no nos equivoquemos, el Club de Madrid no es Felipe González, ni José María Aznar, ni Alvaro Uribe, ni Fernando Henrique Cardoso, el que realmente lo dirige es Obama, él es el dueño de ese circo”, afirmó el defensor del Pueblo de Venezuela, Tarek William Saab, en diálogo con Página/12, cuando aseguró que su gobierno respeta las garantías de los presos.

Lilian Tintori y Mitzy Capriles, esposas de los opositores presos López y Ledezma, fueron recibidas por Cardoso en el instituto que lleva su nombre, en San Pablo. Durante el encuentro Cardoso se comprometió a visitar Venezuela, informó ayer el sitio de noticias UOL, del diario Folha de S. Paulo. Se llegó a especular con que el líder histórico del Partido de la Socialdemocracia Brasileña (PSDB) podría viajar desde Nueva York, donde recibió el premio a la personalidad del año junto Bill Clinton, con quien cultiva una amistad desde los tiempos en que ambos eran presidentes.

Diez días atrás Brasil fue escogido por los enemigos de Maduro para una ofensiva diplomática que incluyó un encuentro con Aécio Neves, candidato presidencial del PSDB en 2014. El senador Neves calificó como “bochornosa” la posición de Dilma Rousseff ante la crisis venezolana y anunció que viajará al país caribeño junto a otros parlamentarios.

Rousseff es parte del Grupo de Amigos de Venezuela, junto a Colombia y Ecuador, creado a instancias de la Unasur, que trabaja para descomprimir la crisis y la realización de elecciones parlamentarias este año.

Para Neves Venezuela vive bajo una “dictadura”, circunstancia que legitima cualquier estrategia para desalojarla del Palacio de Miraflores, una posición en la que no se disimula el apoyo a la desestabilización violenta que en 2014 dejó 43 muertos, en su mayoría militantes chavistas y miembros de las fuerzas de seguridad.

Cardoso también ha pedido mano dura con Maduro y llegó a decir que el Palacio del Planalto –presidencia– ha sido “omiso” ante Maduro. Las opiniones de Cardoso son apreciadas por Washington, según se desprende de varios documentos liberados por Wikileaks en los que se liberaron reportes diplomáticos. Según indican esos papeles, hubo varias reuniones de funcionarios norteamericanos en el Instituto Fernando Henrique Cardoso, y en algunas fue analizada la situación de Venezuela y cuestionada la posición “tolerante” de los gobiernos del Partido de los Trabajadores.

En otros encuentros entre norteamericanos y dirigentes socialdemócratas hubo opiniones críticas sobre la legislación petrolera que fortaleció a Petrobras. Y los interlocutores del PSDB prometieron trabajar para reformarla y garantizar más ventajas a las multinacionales.

Lula y Correa

Los gestos de Cardoso, Neves y la derecha brasileña en respaldo a la oposición venezolana se inscriben en una serie de movimientos dirigidos a lo que el ex presidente Lula denominó como intento de restaurar “un nuevo ciclo conservador” en la región. Lula admitió el riesgo de que las fuerzas conservadoras retomen el poder en una región conmocionada por intentos de desestabilización de gobiernos constitucionales.

Coincidió con el alerta pronunciado recientemente por el mandatario ecuatoriano Rafael Correa sobre los ataques lanzados contra “los gobiernos progresistas de nuestra América que están tratando de cambiar las cosas”.

Cardoso tuvo conceptos severos contra los gobiernos del PT al recibir la condecoración en Nueva York y esta semana posiblemente acusará a Lula de haber tenido conocimiento de casos de corrupción, según adelantó ayer el diario Folha de S. Paulo.

Para los socialdemócratas es perentorio erradicar esta política externa “ideológica y bolivariana”, al tiempo que legisladores de esa agrupación exigen la creación de una comisión que investigue el préstamo del Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social para construir el puerto de Mariel en Cuba, inaugurado este año por los presidentes Rousseff y Raúl Castro. “Los conservadores están criticando el financiamiento del puerto de Mariel y del aeropuerto de Caracas, ellos tienen una visión de la política internacional marcada por la sumisión (a Estados Unidos)”, disparó Lula refiriéndose a Cardoso y los suyos, pero sin mencionarlos. Lo hizo durante un seminario junto al secretario general de Unasur, Ernesto Samper, que recordó la “pesadilla neoliberal” de los años ’90 y su efecto pernicioso para la integración.

A las discrepancias entre Lula y Cardoso se las puede entender en el contexto de una disputa mayor sobre el destino de la integración regional.

Cardoso no hesita en inclinarse por el modelo de librecambista subordinado a Estados Unidos que defendió en su reciente gira por aquel país.

Incluso, según lo han manifestado algunos economistas que integraron el gobierno cardosista (1995-2003), como André Lara Resende, mientras defienden retomar las negociaciones para un Aérea de Libre Comercio de las América. Neves llegó a calificar de “anacrónico” al Mercosur y prometió revisarlo si hubiera sido electo en los comicios de 2014, en los que resultó vencido por Dilma.

Durante el evento encabezado por Lula y Samper en San Pablo hubo cuestionamientos al Banco Interamericano de Desarrollo y al Banco Mundial. “Estoy comenzando a pensar que los chinos pueden resolver nuestros problemas de financiamento en América del Sur, dado que ni el Banco Mundial ni el Banco Interamericano de Desarrollo liberan recursos suficientes”, afirmó Lula. Precisamente mañana Dilma Rousseff recibirá en Brasilia al primer ministro chino, Li Keqiang, con quien analizará inversiones chinas en infraestructura del orden de los 53.000 millones de dólares.

Página/12 :: El mundo :: La diplomacia paralela no descansa

12/05/2015

Com autorização de Obama, Hollande visita Cuba

cuba embargoE pede agora o que Cuba, graças ao apoio de presidentes latino-americanos, já havia conseguido: o fim do bloqueio. A política europeia de subserviência aos interesses dos EUA ajudaram a detonar com a Líbia, Egito, Síria, Ucrânia.

Graças ao apoio da Espanha, Itália, França e Alemanha, os EUA fazem guerras jogando cidadãos desses países como bucha de canhão.

Agora, depois que o mundo soube que Obama se viu na contingência de flexibilizar o bloqueio a Cuba, a França manda seu ventríloquo tirar uma casquinha. Na hora do cerco e perseguição a Cuba onde estava a França e sue Hollande? Embaixo da cama, perseguindo descendente argelino.

A partir da chegada de Lula no Brasil, Chavez na Venezuela, Kirchner na Argentina, os EUA só puderam contar com seus tradicionais capachos europeus. E os três patetas latinos despejados do poder: FHC, Fujimori e Menem.

O ódio do PSDB e do Lumpenjornalismo a Lula deve-se à sua visão estratégica. O investimento no Porto do Muriel em Cuba é uma tacada de mestre, que entra redondo no reto de seus inimigos.

O fato é que Cuba venceu. Nem os EUA sobreviveriam a 50 anos de bloqueio. Cuba não só venceu, como dobrou a espinha dos seus inimigos. Até porque os inimigos de Cuba são invertebrados…

Presidente francês pede fim do bloqueio a Cuba

ter, 12/05/2015 – 08:59

Atualizado em 12/05/2015 – 09:04

Enviado por Webster Franklin

Do Ópera Mundi

Em visita inédita a Cuba, Hollande pede fim do bloqueio econômico e tem encontro com Fidel

É a primeira vez que um presidente francês realiza visita oficial à ilha; conteúdo da conversa com líder da revolução não foi divulgado à imprensa

“A França fará o possível para contribuir para que a abertura possa ser confirmada, para que as medidas que tanto prejudicam o desenvolvimento de Cuba possam ser finalmente anuladas, suprimidas”, afirmou o presidente francês, François Hollande, em visita inédita realizada a Cuba, fazendo referência ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos à ilha que já dura mais de meio século e gerou danos da ordem.

Na tarde desta segunda (11/05), Hollande se reuniu com o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, com quem esteve por cerca de 40 minutos. O conteúdo da conversa e as fotos do encontro ainda não foram divulgadas.

Hollande juntamente com o vice-presidente cubano Miguel Díaz-Canel na nova sede da Aliança Francesa

Luis Nassif Online | GGN

Bin Laden, um conto americano para vira-latas

Filed under: Assassinato made in USA,Bin Laden,EUA,Mercenários,SEALS,Terrorismo de Estado — Gilmar Crestani @ 8:49 am
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BinSantiagoBem, agora sabemos que o assassinato de Bin Laden custou 25 milhões de dólares. Se o terrorista tivesse se escondido no Brasil, William Waack teria entregado de graça. O PSDB teria feito reunião pagando para os EUA virem assassina-lo.

Este é o serviço secreto mais eficiente do mundo. A investigação parte sempre de uma conta bancária. Como o saldo é grande a eficiência é maior. Isso em outros lugares. Na terra onde o governo admitia que seus diplomatas tirassem os sapatos para entrarem nos EUA, a CIA tem seu serviço facilitado. O MBL, que já recebe antecipadamente para serviços menos perigosos, se não fosse de coxinhas nike, também poderia dar uma ajudinha. No Paquistão teria sido difícil o Barão de Itararé cunhar a famosa frase: “homem que se vende sempre recebe mais do que vale”, mas no Brasil é barbada. Por qualquer trinta dinheiros entregam de graça a Vale do Rio Doce, Meridional, CRT e Petrobrás.

Por esta história se entende porque o PSDB é contra o financiamento público das campanhas eleitorais. Ele quer continuar se abastecendo pela privada. O HSBC é um bom caminho para trazer dinheiro cheirando a novo. Nada que a entrega do Pré-sal não quite depois, via Chevron.

Como são previsíveis este pessoal do PSDB seus parceiros do lumpenjornalismo.

EUA mentiram sobre morte de Bin Laden, diz jornalista

Ação foi combinada entre americanos e paquistaneses, afirma Seymour Hersh

Terrorista morreu em operação unilateral dos EUA, diz a Casa Branca; para analistas, relato é ‘teoria da conspiração’

GIULIANA VALLONEDE NOVA YORK

Quatro após a operação que matou Osama Bin Laden, no Paquistão, um dos mais aclamados jornalistas investigativos dos EUA acusou no domingo (10) o governo americano de mentir sobre os principais detalhes da missão.

Em texto na revista "London Review of Books", Seymour Hersh, 78, afirma que EUA e Paquistão colaboraram de perto na ação e, em seguida, inventaram uma versão segundo a qual Washington teria agido por conta própria.

Bin Laden foi morto em 2 de maio de 2011, em um ataque realizado por Seals (forças especiais da Marinha dos EUA) na cidade de Abbottabad. Seu esconderijo foi invadido durante a madrugada pela equipe, que voou de helicóptero do Afeganistão.

Pelo relato de Hersh, o líder da rede terrorista Al Qaeda era mantido prisioneiro secretamente desde 2006 pelo governo paquistanês, que pretendia usá-lo como moeda de troca em negociações com grupos terroristas.

Os EUA teriam descoberto o esconderijo por meio de um agente de inteligência do Paquistão, que traiu seu governo em troca da recompensa de US$ 25 milhões dos americanos por informações sobre Bin Laden, diz o jornalista.

A versão oficial é que o terrorista foi localizado pela CIA (agência de inteligência americana) após agentes terem rastreado seus mensageiros.

No texto, Hersh afirma ainda que dois dos principais oficiais do Paquistão sabiam da operação antes de ela acontecer e se certificaram de que os helicópteros pudessem circular no espaço aéreo do Afeganistão sem problemas.

Desde a divulgação da morte de Bin Laden, a Casa Branca sustenta que a missão foi unilateral e não contou com o conhecimento do governo do Paquistão.

Autoridades americanas reagiram à versão. Para o porta-voz do Departamento de Segurança Nacional, Ned Price, a história "tem imprecisões demais e muitas afirmações infundadas" para que se cheque cada uma delas.

"A premissa de que Bin Laden foi morto em qualquer missão que não tenha sido unilateralmente conduzida pelos EUA é totalmente falsa", acrescentou o porta-voz.

Embora as circunstâncias que levaram à morte de Bin Laden em uma das mais secretas ações do Pentágono já tenham sido questionadas, analistas e jornalistas norte-americanos também rejeitaram a versão de Hersh.

"Levantar questões sobre a história oficial não é o mesmo que provar uma espetacular teoria da conspiração", escreveu Max Fischer, diretor do conteúdo do site Vox.

Vencedor do Prêmio Pulitzer pela revelação do massacre de My Lai durante a Guerra do Vietnã, em 1968, Hersh é um dos grandes nomes do jornalismo americano. Nos últimos anos, no entanto, suas principais reportagens têm sido criticadas por excesso de fontes questionáveis.

No texto publicado no domingo, ele afirma que sua versão se baseia nos depoimentos de um general aposentado das forças de segurança paquistanesas e de um oficial americano que não quis revelar sua identidade.

27/04/2015

Se quiseres saber sobre o Brasil, acesse sites de fora

É inacreditável, mas se quisermos mais notícias sobre o Brasil temos de procurar em sites de fora. Na DW, BBC, Pagina12 e outros. No Brasil, só malhação para esconder a incompetência tucana.

As acusações contra Dilma visam unicamente esconder os paupérrimos governos do PSDB, de Aécio Neves em Minas, de Geraldo Alckmin em São Paulo e de Beto Richa no Paraná. Vimos isso também no RS, com Yeda Crusius, e a RBS escondendo a Operação Rodin.

A RBS também esconde a Operação Zelotes e a Operação Pavlova, coincidentemente, envolvida em ambas.

Por que a mídia brasileira não fala da participação da CIA na marcha dos zumbis? Claro, a CIA é finanCIA o Instituto Millenium. Os grupos mafiomidiáticos são, e sempre foram, parceiros da CIA e dos EUA. O MBL é um movimento inteiramente finanCIAdo por empresas norte-americanas.

“La Inteligencia golpista que está actuando en América del Sur no se limita a la Inteligencia de cada país”, dijo el diputado Machado.

SUBNOTAS

EL MUNDO › SIBA MACHADO, DIPUTADO DEL PT DE BRASIL, AFIRMA QUE LOS INTENTOS DESESTABILIZADORES RECIBEN AVALES DEL EXTERIOR

La CIA y su simpatía con la campaña contra Dilma

El dirigente petista Machado habla de la proximidad entre el opositor Aécio Neves y dirigentes venezolanos acusados de conspirar contra Maduro. Y desconfía del uso que se hace de la información que EE.UU. robó al Estado brasileño.

Por Darío Pignotti

Página/12 En Brasil – Desde Brasilia

¿Washington respalda al movimiento sedicioso contra Dilma?, preguntó este diario a políticos y académicos que invariablemente respondieron “sí”, pero casi todos a condición de anonimato. Algunos lo solicitaron alegando carecer de pruebas, otros posiblemente por temor al azote de la prensa, donde se ridiculizan las especulaciones sobre la injerencia norteamericana.

Brasil vive bajo un estado de sitio mediático, donde se difama sumariamente a cualquiera que apoye al gobierno, denuncie el golpe blando o insinúe que éste recibe apoyo externo. El jefe del bloque de diputados del PT, Sibá Machado, no se amilana ante las críticas de la prensa tradicional y responde sin dobleces cuando se lo indaga sobre la eventual conexión norteamericana. “Hay que ser inocente para suponer que la campaña de desestabilización no recibe algún tipo de apoyo de afuera. Me llama la atención que nadie en los medios investigue ese tema, cuando es bastante lógico pensar que todo esto está manipulado desde muy arriba.”

–¿Muy arriba significa la Inteligencia norteamericana?

–Ya he dicho y sigo diciendo que trabajo con la hipótesis de que la Inteligencia golpista que está actuando en América del Sur no se limita a la Inteligencia de cada país. Estamos ante intereses que vienen de afuera de la región en represalia a que varios gobiernos sudamericanos asumieron una línea de mayor independencia frente a Estados Unidos. Miremos lo que está pasando en Venezuela, en Brasil, en Argentina. Vemos bastante semejanza en las acciones contra sus gobiernos, en el lenguaje utilizado, en el papel de los grandes medios, el papel jugado por el Poder Judicial.

Si miramos hacia atrás tenemos más ejemplos, como el golpe contra Hugo Chávez (2002), el golpe con maquillaje institucional contra el presidente paraguayo Fernando Lugo (2012) y acá también lo estamos viendo ahora cuando la oposición busca el parecer de juristas para justificar el impeachment (juicio político) contra la presidenta Dilma.

–¿Hay documentos sobre la participación de la CIA y la NSA?

–No tengo documentos, repito que estoy formulando un razonamiento a partir de antecedentes y elementos políticos. Yo trabajo con la hipótesis de que la CIA y otros órganos de Inteligencia como la NSA están operando, eso es algo que se nota. Y esta desestabilización regional tiene su motivación particular en Brasil, donde el PT ganó cuatro elecciones consecutivas desde 2002. Vamos a hacer un repaso. A los norteamericanos no les cayó bien que Dilma suspendiera la visita de Estado a Washington (2013) debido a las filtraciones que sufrió de parte de la Agencia de Seguridad Nacional (NSA), Estados Unidos no recibió de buen grado la participación nuestra en los Brics, la creación de un banco alternativo al Banco Mundial, de una agencia alternativa al FMI. Ellos no aprueban actitudes importantes en la geopolítica y la economía. No les gustó la construcción del puerto de Mariel en Cuba, la diversificación de los mercados, el nuevo paradigma de la política externa brasileña.

Aécio y los gusanos

A poco de ser derrotado en las presidenciales de octubre de 2014, Aécio Neves, del Partido de la Socialdemocracia Brasileña, adoptó un discurso incendiario contra Dilma, exigiendo su destitución a través de un impeachment considerado inapropiado hasta por caciques socialdemócratas, como el ex mandatario Fernando Henrique Cardoso.

Durante la entrevista con Página/12 en su oficina de la Cámara de Diputados, el petista Machado habla de la proximidad entre Neves y dirigentes venezolanos acusados de conspirar contra el presidente Nicolás Maduro. Y mencionó su reciente paso por el Foro de Lima, donde él confraternizó con derechistas prominentes, como el ex presidente uruguayo Jorge Batlle, el escritor peruano Mario Vargas Llosa y el cubano afincado en Miami Carlos Alberto Montaner, paladín del pensamiento agusanado.

–¿Cómo se articula Neves con sus pares latinoamericanos?

–Por un lado, está su actividad pública. Estuvo en Lima, donde se reunió con familiares de los golpistas venezolanos (las esposas de Leopoldo López y Antonio Ledezma, ambos procesados). Por lo que veo, Aécio está tomando el modelo de la ultraderecha venezolana. En realidad, estos contactos internacionales me recuerdan a la Operación Cóndor, cuando las dictaduras actuaban en red. Y digo más, nosotros sospechamos que Aécio se comunica frecuentemente con otros golpistas, que mantiene reuniones clandestinas y que se articulan para sembrar inestabilidad contra los gobiernos progresistas.

–Una de las banderas de Neves es la corrupción en Petrobras…

–Qué curioso es que Aécio salga a despotricar contra Petrobras pidiendo que se desmonte el marco jurídico petrolero implementado en los gobiernos del PT. Aécio piensa igualito a las multinacionales norteamericanas. Estoy convencido de que Estados Unidos no está conforme con la ley petrolera, que le da mucho poder a Petrobras. Ellos preferían el modelo anterior, de concesiones, era un paradigma entreguista conveniente a las multinacionales. En cambio, la ley actual garantiza que el petróleo es patrimonio nacional.

–Dilma viajará en junio a Washington, pero hasta ahora EE.UU. no informó a Brasil sobre los documentos hurtados de los archivos de Petrobras.

–Digo nuevamente que no tengo documentos, pero desconfío de que una parte de la información robada por la NSA a Petrobras haya ido a parar a manos de la oposición. Ellos, la NSA y la oposición golpista, no tienen escrúpulos, juegan al vale todo, y lo que quieren es desmontar a Petrobras y desmontar a las grandes empresas nacionales brasileñas. Lo que pasó fue serio. La NSA robó secretos de Estado, es posible que ellos hayan sabido tempranamente que Petrobras había descubierto pozos gigantes en la zona de presal (aguas ultraprofundas en 2007), que hayan manejado información antes de que el ex presidente Lula la anunciara públicamente.

Página/12 :: El mundo :: La CIA y su simpatía con la campaña contra Dilma

21/04/2015

Tríplice coroa

No mesmo dia em que aparecem mais ligações entre o Grupo Clarín, o irmão siamês da Rede Globo em golpismo, ambos filiados à SIP, avó do Instituto Millenium, com o golpista argentino, Maurício Macri, o Aécio Neves portenho, mas com menos pó, também se desmancha o castelo de areia envolto no caso Nisman & CIA e fundos podres que haviam se unido para derrotar Cristina Kirchner.

O Grupo Clarín, assim como a Rede Globo, foi parceira da ditadura e com ela se locupletou, inclusive no roubo de bebês. A herdeira do Grupo Clarin, D. Hernestina Herrera de Noble, adotou dois bebês cujos pais foram sumidos, muito provavelmente nos voos da morte, quando aviões jogavam presos políticos sobre o delta do Rio Paraná. Agora, assim como a Globo foi pega em sonegação, por isso tenta de todas as formas derrubar Dilma e por isso novamente se une a golpistas, também o Grupo Clarín vê em Maurício Macri a salvação que a Ley de Médios lhe negou. Recentemente a Revista Veja tentou fazer uma dobradinha com o Grupo Clarín, provavelmente muito bem finanCIAdos, dizendo que o filho de Cristina Kirchner tinha conta no exterior. O banco apontado pela Veja negou. E a Veja? Só negou…

Outro ponta deste tridente de hoje foi a descoberta da participação Fondos Buites, fundos podres, na armação com o procurador Nisman, muito bem alimentado pela CIA, na morte do procurador para incriminar o governo argentino. Os EUA tentaram de todas as formas envolver o Irã, na busca da construção de uma justificativa para mais uma cavalgada insana em busca do petróleo iraniano. Um ex-diretor da entidade judaica, AMIA, “Jorge Elbaum, quien publicó el sábado pasado una columna en Página/12 en la que vinculó al fallecido fiscal Alberto Nisman con los fondos buitre y reveló el contenido de una serie de reuniones del magistrado con directivos de la DAIA, periodistas e intelectuales que buscaban presionar para que las entidades de la comunidad judía tomaran una postura contraria al Memorándum de Entendimiento con Irán.” O engraçado no imbróglio dos fundos podres é que eles investiam em papéis públicos argentinos que, por ter alto risco, davam muito ganho. Quando a Argentina quebrou, eles não quiseram quebrar. É o tal de investimento de risco sem risco. Do tipo descoberto na Operação Zelotes, cujas cabeças conhecidas são a RBS e Gerdau.

O terceiro elo foi justamente o enterro da denúncia de Nisman segundo a qual Cristina Kirchner era acusa de acobertar o Irã no atentado à AMIA. Todos os três textos reproduzidos abaixo.

Assim como nós sabemos quem finanCIA o MBL e o Fernando Gouveia, a Argentina também sabe quem sustenta Maurício Macri e o Grupo Clarín. Por traz de tudo, os sempre escusos interesses dos EUA, a terra do terrorismo de Estado.  

 

El muro que levantó el Grupo Clarín y que la Justicia mandó derribar.

Con una millonaria ayudita de los amigos

Con el pretexto de la “urgencia” para reacondicionar vagones del subte, el gobierno porteño le alquiló el galpón al Grupo Clarín por un millón y medio de dólares por año.

Por Werner Pertot

Además de rehusarse a demoler el muro construido junto a la planta de impresión del Grupo Clarín, el gobierno de Mauricio Macri le alquiló un galpón en ese mismo lugar al holding empresarial por un costo anual de un millón y medio de dólares. Para hacerlo, sortearon mecanismos de control con el pretexto de la urgencia de conseguir un lugar para los vagones de subte de la línea B que debían ser reacondicionados. “Estamos acostumbrados a los manejos desprolijos e irregulares de Sbase, pero en este caso particular, se revela la especial relación del gobierno de Macri con el Grupo Clarín”, señaló el auditor porteño Eduardo Epszteyn.

Se trata de la planta denunciada por los legisladores Aníbal Ibarra y María Elena Naddeo por construir un muro que impide el paso en una calle pública. Los dirigentes y un vecino presentaron un amparo, ya que el gobierno porteño se negaba a demoler el muro. En la causa judicial, la gestión PRO argumentó que no sabía si el muro existía, que no tenía conocimiento de quién lo construyó y otra serie de argumentos de antología. La jueza Lidia Lago los desarmó uno por uno en un fallo en el que le ordenó al gobierno de Macri que demuela el muro en un plazo de diez días. La procuración porteña apeló para evitar tener que demoler un muro que corta el acceso a una calle pública, que es utilizada por la planta de impresión del Grupo Clarín como estacionamiento privado y depósito.

El conductor Víctor Hugo Morales sufrió una agresión la semana pasada, cuando fue a tomar imágenes del muro para su programa Bajada de línea, donde se dieron los primeros detalles de la relación entre Sbase y el galpón del Grupo Clarín. Según pudo reconstruir el equipo del auditor Epszteyn, la procuración porteña emitió un dictamen a posteriori del alquiler de parte de un galpón de 7000 metros cuadrados en Agustín Magaldi 2139 por la bicoca de 115 mil dólares más IVA por mes. El contrato de alquiler fue firmado por Sbase, la empresa estatal de subtes que controla el macrismo, con un fideicomiso de nombre LOMA XXI, que comparte la dirección fiscal con el Grupo Clarín y con AGEA.

El lugar fue alquilado para recibir los vagones que llegaron de Madrid para la línea B. Curiosamente, pese a que el gobierno porteño sabía con anticipación de la llegada de estos vagones, la contratación del galpón se hizo utilizando un mecanismo previsto para casos de urgencia, que evitó el dictamen previo de la procuración.

En su dictamen posterior, la procuración –que conduce Julio Conte Grand, un funcionario designado por Macri– encontró que varias de las cláusulas del contrato “colisionan con lo dispuesto en el Reglamento de Contrataciones” de Sbase. No encontró probada la excepcionalidad para firmar ese contrato ni por qué se hizo en moneda extranjera. “Considero que deberá acompañarse de un informe técnico por el cual se deberá invocar y justificar debidamente las razones por las que motivaron y tornaron necesario tales apartamientos respecto del Reglamento de Contrataciones de Sbase, considerando que se trata de un mecanismo contractual de excepción”, le marcó la procuración porteña a Sbase. “La actuación de la procuración es pública –detalló Epszteyn–. Mi equipo la encontró, ya que tenemos como costumbre buscar toda información pública relacionada con un tema que se esté auditando. Y justamente estamos auditando a Sbase.”

La resolución 2124/14 de Sbase, firmada por su presidente Juan Pablo Piccardo –a la que accedió Página/12–, corrobora lo planteado por el equipo de Epszteyn: el contrato se firmó el 14 de agosto de 2014, tiene una duración de 36 meses, y un canon de 115.500 dólares por mes a partir del 1° de marzo de este año. Y la frutilla del postre: la inmobiliaria que hizo las averiguaciones para Sbase se llevó otros 173.250 dólares en comisiones.

Página/12 :: El país :: Con una millonaria ayudita de los amigos

 

EL PAIS › LA DAIA EMITIO UN COMUNICADO PARA RESPONDER A LA PRESIDENTA Y AL EX DIRECTOR JORGE ELBAUM

Los nexos entre la denuncia y los buitres

Antes de partir hacia Rusia, la Presidenta subió a las redes sociales su análisis sobre lo revelado.

La entidad judía buscó desmentir lo revelado por su ex director ejecutivo en un artículo publicado en Página/12 sobre las presiones para derogar el memorándum con Irán.

La DAIA le respondió a través de un comunicado a la presidenta Cristina Kirchner y al ex director ejecutivo de esa entidad Jorge Elbaum, quien publicó el sábado pasado una columna en Página/12 en la que vinculó al fallecido fiscal Alberto Nisman con los fondos buitre y reveló el contenido de una serie de reuniones del magistrado con directivos de la DAIA, periodistas e intelectuales que buscaban presionar para que las entidades de la comunidad judía tomaran una postura contraria al Memorándum de Entendimiento con Irán. La Presidenta retomó el artículo y consideró que se trata de un “modus operandi global”. La DAIA expresó su “consternación y preocupación” ante lo dicho por Elbaum y volvió a calificarlo de falso. El ex directivo ratificó sus dichos y replicó a la DAIA, a la que consideró “una institución muy poco representativa”.

“En la Argentina se intentó que el Congreso no aprobara el Memorándum de Entendimiento. Cualquier similitud no es mera coincidencia y mucho menos casualidad”, afirmó CFK en un texto que subió a su página web durante el fin de semana. “Estamos ante un modus operandi de carácter global que no sólo lesiona severamente las soberanías nacionales interfiriendo y coaccionando el funcionamiento de los distintos poderes de los Estados, sino que además genera operaciones políticas internacionales de cualquier tipo, forma y color”, advirtió.

Lo de modus operandi tenía que ver con un artículo aparecido en el diario israelí Haaretz que revelaba cómo lobbistas pro israelíes operaban en estos días para que sancionen una ley para revisar el acuerdo nuclear que Estados Unidos firmó con Irán.

La DAIA emitió un comunicado, firmado por su presidente, Julio Schlosser, y su secretario general, Jorge Knoblovits, en el que consideró: “La representación política de la comunidad judía argentina expresa su consternación y preocupación respecto de imputaciones formuladas por la máxima autoridad del país, lamentablemente basadas en declaraciones de un ex empleado de la DAIA y actual funcionario del gobierno argentino, plagada de falsedades y mentiras sobre supuestas confabulaciones internacionales de las cuales sería parte la entidad”.

La DAIA destacó en su comunicado de repudio que “reafirma su inclaudicable lucha por la verdad y la justicia en el caso del atentado terrorista del que fuera víctima el 18 de julio de 1994 con el terrible saldo de 85 personas asesinadas”. Indicó que su “único ámbito de actuación respecto de ese luctuoso hecho es el de los tribunales de justicia”.

Elbaum ratificó luego sus dichos y se refirió a la DAIA. “Es una institución específica que es muy poco representativa, donde votan 120 personas cada 3 años”, por lo que “ha construido simbólicamente una imagen de representatividad de la cual carece”. “Lo primero que debemos hacer desde el Estado, pero también desde los judíos, es poner en evidencia que ellos representan a una porción de derecha conservadora, aliada con los fondos buitre.”

En su artículo, Elbaum había relatado una serie de reuniones en las que Nisman les habría dicho que podía conseguir la ayuda de Paul Singer. También señaló la intervención del periodista José “Pepe” Eliaschev, del jurista Daniel Sabsay, del filósofo Santiago Kovadloff y de Marcos Aguinis para torcer la voluntad de la dirección de la DAIA en contra de la iniciativa del Gobierno. La Presidenta dijo haber leído tres veces el artículo, “algo que nunca hago”.

Página/12 :: El país :: Los nexos entre la denuncia y los buitres

 

EL PAIS › EL FISCAL DE CASACION JAVIER DE LUCA DESESTIMO LA DENUNCIA DE NISMAN CONTRA LA PRESIDENTA CRISTINA KIRCHNER

“No hay delito alguno, ni consumado ni tentado”

De Luca insistió en que no existe delito en lo denunciado. Sólo resta que la Cámara de Casación firme una resolución dejando en pie el desestimiento de primera instancia del juez Rafecas para que la denuncia de Nisman se archive.

El fiscal ante la Cámara de Casación, Javier De Luca, ayer, Por Raúl Kollmann e Irina Hauser

@El fiscal ante la Cámara de Casación, Javier De Luca, desistió ayer del recurso de Casación por la denuncia del fallecido fiscal Alberto Nisman contra la presidenta Cristina Fernández de Kirchner, el canciller Héctor Timerman, el diputado Andrés Larroque y varios dirigentes sociales. De Luca tenía la obligación de fundamentar su desistimiento y lo hizo en un escrito de 27 páginas en los que afirma que en la denuncia de Nisman “por más que se recorran todas sus hipótesis una y otra vez, no se logra encontrar delito alguno a averiguar y demostrar”. De Luca sostiene que no existe delito en la firma del memorándum ni en la constitución de una Comisión de la Verdad, todo lo cual fue votado por el Congreso. “Sostener que firmar un tratado constituye un plan criminal es un absurdo desde el punto de vista jurídico. Las supuestas motivaciones, móviles o ultra-intenciones no son delito”, remata el fiscal. Tras la presentación del escrito de De Luca, la Sala I de la Cámara de Casación seguramente dirá que el recurso no fue sostenido, lo que deja firme el desestimiento original del juez Daniel Rafecas. Será el final de una denuncia que naufragó desde el principio (ver aparte).

Tratado

Aunque se pretenda descalificar a De Luca por su pertenencia a la agrupación Justicia Legítima, lo cierto es que el fiscal no sólo siguió los lineamientos del fallo de primera instancia de Rafecas y de dos de los tres jueces de Casación –Jorge Ballestero y Eduardo Freiler–, sino que convalidó los mismos argumentos que públicamente explicaron juristas de la talla de Raúl Zaffaroni, León Arslanian, Ricardo Gil Lavedra, Julio Maier o Luis Moreno Ocampo. Todos coincidieron en que en la denuncia de Nisman no existe delito o que tenía más de denuncia política que judicial.

El fiscal dice: “Véase que la conformación de una ‘Comisión de la Verdad’ y la notificación a Interpol de la celebración del acuerdo internacional están escritas en el mismo memorándum, totalmente a la vista, y fueron ratificados por el Congreso de la Nación. Es decir, nuestros legisladores, en el ejercicio de su potestad constitucional, dispusieron esas cláusulas. No queda resquicio alguno para operaciones encubiertas o la realización de móviles ocultos, porque está todo a la vista. Un tratado es equiparable a una ley. Fue votado por el Congreso. Es el soberano el que decide. Hay tratados que eximen de extradición, que modifican regímenes de excarcelaciones y todo ello está dentro de las facultades del Legislativo y el Ejecutivo, que luego promulga. No puede haber delito en eso”.

Interpol

Ya está demostrado que la Cancillería no pidió el levantamiento de las alertas rojas. Las pruebas exhibidas fueron categóricas: la carta a Interpol advirtiéndole que la firma del memorándum no cambiaba el status de las capturas; la respuesta de Interpol ratificando que no habría cambios; las declaraciones de Ronald Noble.

Sin embargo, De Luca resalta que ni el Ejecutivo ni el Legislativo argentino tenían facultades para incidir en el levantamiento de las órdenes de captura, incluso si se hubiera hecho alguna gestión. “No existe en Interpol el mecanismo de solicitudes u órdenes de los poderes ejecutivos –afirma De Luca–. No es un procedimiento reglado para bajar las alertas rojas. Ni Argentina ni Irán tienen capacidad legal de bajar alertas. Sólo los jueces son quienes pueden solicitar a Interpol las altas y las bajas de las capturas internacionales de personas imputadas de delitos, que dan lugar a un procedimiento reglado de Interpol. Los otros poderes de los respectivos Estados no tienen una competencia específica para incidir en el proceso interno de la Interpol al respecto, ni para darles el alta ni para darles la baja.”

AMIA

Hay un punto del dictamen de De Luca que va a uno de los meollos del memorándum. El fiscal explica que el tratado no detuvo nada de la causa judicial argentina, que siempre estuvo en las manos de un juez, Rodolfo Canicoba Corral, y delegada en un fiscal, Nisman. De Luca analiza que el expediente afrontaba un problema sin solución: los prófugos no podían ser indagados porque ni se presentaban voluntariamente ni podían ser aprehendidos. “No se podía avanzar –señala De Luca–. En ese contexto, se desprende de la simple lectura del memorándum que el acuerdo no pretende otra cosa que traer a derecho a esas personas para que declaren ante el juez de la causa. La historia judicial argentina está plagada de búsqueda de soluciones, porque no se trata de un conjunto de normas pétreas. Los poderes del Estado competentes buscan e instauran un mecanismo que destrabe una situación. Y la solución puede ser criticada por los políticos, la doctrina, las partes, pero es lo que pudieron y supieron concretar quienes dirigen las políticas exterior y criminal de la República.” Esto no significa –redondea De Luca– que el Ejecutivo o el Legislativo hayan entorpecido la causa judicial, que siempre estuvo a cargo de un magistrado. No se afectó el trámite judicial en la Argentina. Tampoco significó ayuda para los prófugos, no les facilitó la elusión de la Justicia.

Comisión

De Luca responde al argumento de que la creación de la Comisión de la Verdad, en el marco del Memorándum, sea una ayuda a los prófugos y, por lo tanto, un delito. “De la lectura misma del memorándum –dictamina De Luca– surge que el juez y el fiscal a cargo de la etapa de investigación no están obligados ni vinculados por las acciones y conclusiones de la llamada ‘Comisión de la Verdad’, de modo que no tiene efectos sobre el proceso porque siempre dependerán de la decisión autónoma que tomen los magistrados a cargo. La intervención de la Comisión no tiene mayor valor que el que pudieran tener las infinitas opiniones, estudios, investigaciones y conclusiones que sobre el atentado hubo desde el primer día. Y ello conduce a visibilizar que el Poder Ejecutivo y el Poder Legislativo, al concretar este acuerdo, con esa redacción, de ningún modo entorpecieron la marcha del proceso penal que, reitero, en nuestro país está a cargo de un magistrado que pertenece a otro poder del Estado.”

Delito

El fiscal de Casación, en su desistimiento del recurso, polemiza con lo que llama una falacia “consistente en sostener que la hipótesis del denunciante (Nisman) puede dar lugar a un delito o puede dar lugar a un no delito, lo cual demanda investigación para su dilucidación”. El fiscal rechaza ese proceder: “Si se reciben denuncias del tipo ‘en la casa de al lado se trafican estupefacientes’, o que ‘Fulano mató a Mengano’, o de un robo de una cartera, etcétera, debemos investigarlas porque se parte de la base de que traficar estupefacientes, matar a otro, o robar, son delitos. Pero si la denuncia consiste en tratar de probar si Fulano es infiel a su mujer porque tiene manceba, esa investigación está vedada porque el adulterio no es más delito en la Argentina. En este caso, como ya se dijo, el supuesto intento de hacer caer las alertas rojas y la creación de una comisión que opinaría sobre el caso, no pueden constituir la base de un delito, porque no son una ayuda para los prófugos y se inscriben en la competencia constitucional de los otros poderes del Estado”. Es decir que hubo un tratado y una ley, que –como señaló la Cámara Federal– pudo haberse considerado inconstitucional, pero no un delito.

Finalmente, el fiscal les responde a quienes dicen que hay que investigar e iniciar un proceso de recolección de pruebas. “Nuestra ley –remata De Luca– exige que lo que se denuncie e investigue sean hechos que constituyan delitos y no cualquier hecho de la vida. En este caso no estamos ante hechos que no se pudieran probar, sino que lo que se pretende probar son hechos que no podrían configurar un delito.”

Página/12 :: El país :: “No hay delito alguno, ni consumado ni tentado”

08/04/2015

Por que os EUA continuam sendo sinônimo de terrorismo de Estado?

TioSangueNa véspera da Cúpula das América, os EUA reconhecem que são uma nação que fomenta discórdia mediante a repetição de mentiras. O assessor para fins de segurança nacional dos EUA declarou: “EUA não acreditam que a Venezuela seja uma ameaça à segurança nacional". Segundo Rhodes, é linguagem "pro forma" (por pura formalidade) para sanções. A declaração reforça e demonstra o verdadeiro caráter de um país que espalha, diretamente ou mediante financiamento de ONGs locais, do tipo MBL, o terrorismo pelo mundo. Assim como na Venezuela, os EUA contam com um exército de brasileiros que se vendem por qualquer trinta dinheiros. Mark Weisbrot confirma, no texto abaixo (em 2005, o Departamento de Estado dos Estados Unidos financiou esforços para enfraquecer o governo petista), que os EUA financiaram grupos políticos para derrotarem Lula. Depois Edward Snowden revelou que os EUA não só finanCIAvam como também espionavam Dilma e a Petrobrás.

Portanto, a tentativas atuais de destruir a Petrobrás e jogar nas costas da Dilma, mediante o uso dos grupos mafiomidiáticos e ONGs do tipo Instituto Millenium, é uma mera continuação da política norte-americana de defender seus interesses em oposição aos do Brasil. Coincidentemente, o coronelismo eletrônico entronada na RBS, financiado por empresários do tipo Gerdau, é o mesmo que têm contas no HSBC e também foram pegos sonegando, mediante fraude, bilhões de reais. O dinheiro sonegado em impostos é investido em política de entrega da Petrobrás e de precarização das políticas sociais. A Operação Zelotes e a Lista Falciani são duas pontas de um mesmo método que atende interesses ianques contra o Brasil.

Há uma coincidênCIA nos investimentos dos EUA que definem a escolha dos países a serem atacados, o petróleo. A lista é por demais conhecida: Iraque, Líbia, Egito, Síria, Ucrânia, Irã, Venezuela e Brasil são grandes produtores de Petróleo.

Não precisa ser inteligente para entender, basta não ser burro!

MARK WEISBROT

TENDÊNCIAS/DEBATES

O preço político das sanções à Venezuela

A mesma administração Obama que finalmente começaria a normalizar as relações com Cuba, emprega sanções contra a Venezuela

A última Cúpula das Américas, em Cartagena, na Colômbia, em 2012, foi um desastre para o presidente Barack Obama. Houve escândalos entre agentes do serviço secreto americano e profissionais do sexo, uma rebelião do sul contra a fracassada "guerra às drogas" americana e, sobretudo, oposição unânime ao embargo dos EUA a Cuba.

O sinal mais decisivo de que não era apenas um caso de os suspeitos de sempre causando problemas foi o aviso dado pelo presidente Manuel Santos, da Colômbia –um dos poucos "amigos" de Washington na região–, de que não haveria outra cúpula sem Cuba.

No ano passado, Barack Obama ofereceu um presente de Natal surpresa aos seus vizinhos do sul: depois de mais de meio século de agressão contra Cuba, ele finalmente começaria a normalizar as relações. Bem-vindos ao século 21!

Embora republicanos jihadistas e neoconservadores tentem adiar o processo no Congresso, a Casa Branca expressou publicamente a esperança de que houvesse pelo menos embaixadas abertas nos dois países antes da cúpula de 10 de abril.

Mas o que Deus dá com uma mão, ele tira com a outra. Em 9 de março a Casa Branca declarou "emergência nacional" devido à "extraordinária ameaça à segurança nacional" representada pela Venezuela.

A administração Obama tentou minimizar a linguagem empregada, descrevendo-a como mera formalidade, mas o mundo sabe que esse tipo de linguagem ameaçadora e as sanções que a acompanham podem ser bastante prejudiciais à saúde do país designado. No passado, houve ocasiões em que até foram seguidas de ações militares.

Fato mais alarmante, no caso atual, foi que em uma audiência no Senado, em 17 de março, Alex Lee, do Departamento de Estado, declarou que as sanções atuais são apenas "a primeira saraivada" contra a Venezuela. É claro que o mundo fora de Washington sabe que as sanções não guardam relação alguma com as supostas violações dos direitos humanos na Venezuela.

Mas as sanções também deixaram claro que a abertura do presidente Obama não representou nenhuma mudança na estratégia de Washington para a região: a intenção de ampliar as relações comerciais e diplomáticas visou apenas propiciar uma estratégia mais eficaz de enfraquecimento do governo cubano –e de todos os governos de esquerda na região.

Isso inclui o Brasil, onde, em 2005, o Departamento de Estado dos Estados Unidos financiou esforços para enfraquecer o governo petista, segundo documentos do próprio governo norte-americano.

Representantes do Brasil, do México, da Colômbia, da Argentina e quase todos os países das Américas manifestaram-se contra as sanções na OEA (Organização dos Estados Americanos). A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), por exemplo, pediram a sua revogação.

O governo cubano também respondeu com força, jogando por terra as esperanças de algum acordo antes da próxima cúpula, à qual Obama irá de mãos abanando após essa iniciativa mal pensada.

Esperemos que o Brasil –e que todos os outros países presentes à Cúpula das Américas, nesta sexta-feira (10) e sábado (11) no Panamá– deixe claro que esse tipo de comportamento de "Estado fora da lei", com sanções unilaterais que violam a Carta da OEA, não será tolerado.

MARK WEISBROT é codiretor do Centro de Pesquisas Econômicas e Políticas, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa

Tradução de CLARA ALLAI

 

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04/04/2015

Um caso para entender o MBL e Chequer

bandeira-manifestanteMais fácil para entender como funciona o terrorismo de estado made in USA só desenhando. A pátria que usa a bandeira em todas as cenas que contém emoção, sentimentalismo, na máquina de propaganda chamada Hollywood condena o nacionalismo em todos os demais países.

Por aí também se explica porque Bradley Manning, Julian Assange, Edward Snowden e tantos outros purgam a liberdade de expressão na prisão, sujeitos à pena de morte. A bandeira americana cobre todos os corpos dos assassinos que retornam. Fazem filmes para vender a bandeira norte americana, como Cartas de Iwo Jima, onde o personagem principal é a bandeira ianque hasteada em outro país. Ou como aquela na Lua…

Luis Posada Carriles, Michael Townley  e tantos outros assassinos glorificados em filmes como “Sniper Americano” são assassinos de aluguel para matarem quem ousa atravessar o caminho dos EUA. Na frente sai a NSA, a DEA, a CIA com suas arapongagens na Petrobrás e no Governo. Depois vem os profissionais finanCIAdos para causarem tumulto e fomentarem manifestações antidemocráticas.

O MBL e Rogério Chequer são típicos mercenários recrutados para executarem o papel que antes eram feitos por agentes da CIA diretamente. A CIA se resume a financiar e instrumentalizar com seu know-how em fomentação de golpes. O Movimento Brasil Livre – MBL foi criado e é finanCIAdo para atacar interesses nacionais e facilitar a entrada e a defesa de interesses dos EUA.

O caso trazido pelo El País ajuda a entender porque a marcha dos zumbis tem tanto apoio dos golpistas instalados no Instituto Millenium, um puteiro finanCIAdo pela Gerdau.

Juiz norte-americano confirma proteção legal a Michael Townley

Ex-agente da ditadura chilena é acusado do matar o ex-diplomata espanhol Carmelo Soria

Antonieta Cádiz Houston 3 ABR 2015 – 14:20 BRT

Michael Townley.

“Não podemos obrigar Michael Townley a pagar”, disse o juiz norte-americano John Bates neste mês. Nem mesmo 75 dólares (240 reais) por semana. A família do ex-diplomata espanhol Carmelo Soria tentou em vão que o ex-agente da Diretoria Nacional de Inteligência do Chile (DINA) – testemunha sob proteção nos Estados Unidos – pague sete milhões de dólares como indenização pela tortura e morte de Soria, enquanto no Chile e na Espanha os tribunais ainda discutem o caso.

Em sentença de 13 páginas a que o EL PAÍS teve acesso, o juiz distrital John Bates reconheceu que seu veredicto “não ajuda nada” Laura González-Vera, viúva de Soria, apesar de a Justiça ter anteriormente determinado que Townley pagasse o dinheiro.

Townley, de nacionalidade norte-americana, foi agente da DINA, a polícia secreta do ditador Augusto Pinochet, e participou do sequestro e assassinato do diplomata espanhol em 1976. Há mais de 30 anos vive nos EUA sob o programa de proteção a testemunhas do Governo federal. Antes passou cinco anos preso pelo assassinato do embaixador chileno nos EUA, Orlando Letelier.

O fato de estar no programa de proteção a testemunhas impede informar seu paradeiro, situação financeira, atividades etc. Isso limita a capacidade, por parte dos advogados, de forçar o pagamento. Embora a família tenha pedido ao Governo dos EUA que entregue dados do ex-agente, até agora o Gabinete do Promotor Geral insiste em que fazer isso põe em risco a vida da testemunha.

Em 2005, a Justiça determinou que Tonwley pagasse a González-Vera, mas ele se negou. Depois de uma batalha legal que durou pelo menos cinco anos, fez o primeiro pagamento. Só que deixou de pagar de junho de 2013 a janeiro de 2014.

A viúva de Soria voltou a pedir o pagamento, mas agora o juiz Bates respaldou a posição do Governo dos EUA: “A Lei de Reforma da Segurança para Testemunhas não autoriza os tribunais a interpretar as atividades do promotor geral em relação a uma pessoa sob proteção”. “Seria perigoso divulgar a identidade e localização de uma testemunha protegida, inclusive a um tutor”, explicou o magistrado.

Ali Beydoun, o advogado nos Estados Unidos da família do diplomata espanhol morto, assegurou que insistirão para a se faça justiça. “Cada vez que fomos ao tribunal ou enviamos cartas ao Departamento de Justiça nos dizem que o risco à segurança é muito alto. Mas continuaremos pedindo à agência que considere a injustiça que prevalece nesta situação. Não se trata do dinheiro, e sim de que Townley esteja em liberdade.”

Carmelo Soria (leia sobre sua morte aqui, em espanhol) era editor-chefe na sede da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) em Santiago do Chile e militava no Partido Comunista da Espanha (PCE). Em 1976 foi sequestrado na rua por militares vestidos de carabineiros (policiais). Seu cadáver foi encontrado dois dias depois, com sinais de tortura.

Desde o início dos anos noventa, sua família tenta em vão mandar para a prisão os responsáveis pelo crime, encontrando barreiras como a lei de anistia chilena ou a condição de testemunhas sob proteção.

Em 2002, o Governo do Chile concordou com uma indenização de 1,5 milhão de dólares para a família, depois que ela interpelou o Estado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A ratificação pelo Congresso demorou cinco anos. Em 2013 o juiz chileno Lamberto Cisternas determinou que fosse reaberto o caso do assassinato de Soria, mas o nome de Townley foi o grande ausente entre os acusados. “No Chile não se julga Townley. Nâo sabemos por quê e esperamos que façam uma emenda para mudar isso”, afirma Beydoun.

Enquanto isso, na Espanha a Audiência Nacional processou vários agentes pelo assassinato de Soria e alegou que não havia sido efetivo o processo contra esses crimes no Chile. Os agentes foram responsabilizados pelos crimes de genocídio, assassinato e prisão ilegal.

A Espanha pediu ao Chile a extradição de José Ríos San Martin; Jaime Lepe Orellana; Pablo Belmar Labbé; Guillermo Salinas Torres; René Quilhot Palma e Manuel Contreras Sepúlveda, ex-diretor da DINA, mas a Justiça chilena rejeitou o pedido porque o caso estava sob investigação no país. Em 2014 a Audiência Nacional espanhola pediu aos EUA, sem sucesso, a extradição de Townley.

Em 7 de abril o Tribunal Supremo da Espanha decidirá se arquiva ou não os casos ligados à “Justiça universal”, ou seja, a capacidade dos juízes espanhóis de investigar crimes cometidos fora do território do país, entre os quais está o caso do diplomata Carlos Soria. A reforma legal promulgada na Espanha no ano passado pelo Governo do presidente Mariano Rajoy limitou o alcance da Justiça universal. O Supremo deverá deliberar se os tribunais espanhóis têm a competência legal para investigar esses casos.

Juiz norte-americano confirma proteção legal a Michael Townley | Internacional | EL PAÍS Brasil

23/03/2015

Quem finanCIA o terror?

O professor de Direito Internacional de Milão, Fausto Pocar, membro do Comitê Internacional de Direitos Humanos da ONU, proferiu palestra na Argentina e deu esta entrevista ao jornal Pagina12. Toca num assunto comum, inclusive em voga no Brasil. Fala do finanCIAmento ao terror. Na Argentina os empresários foram os maiores finanCIAdores do terror, como o Ingenio Ledesma. Terror este que implicava em roubo de bebês e a entrega para familiares de milicos estéreis. Eles enchiam aviões com civis suspeitos de não concordarem com seus métodos e jogavam, à noite, no Rio da Prata. Não há notícia de sobreviventes. O professor italiano lembra da Iugoslávia para denunciar a participação de empresários no financiamento ao terror.

No Brasil não foi diferente. A Operação OBAN foi financiada por empresários de São Paulo, como a Ultragás, do Boilensen. A própria Folha de São Paulo fornecia as peruas para transportarem as vítimas de tortura e estupro para serem escondidas em valas clandestinas do Cemitério de Perus. É esta mentalidade que está por trás dos patrocínios da Multilaser, AMBEV, Banco Itaú ao que proferiram palavras de baixo calão contra Dilma na abertura da Copa do Mundo no Itaquerão. São os mesmos que finanCIAm o MBL

Abaixo, depois da entrevista com o prof. Pocar, matéria explicando quem foi Ledesma na Argentina do terror.

Pocar es profesor de derecho internacional en Milán e integró el Comité de Derechos Humanos (ONU).

Imagen: Infojus

EL PAIS › EL CASO BLAQUIER, EL DERECHO INTERNACIONAL Y LAS RESPONSABILIDADES EN DELITOS DE LESA HUMANIDAD

La colaboración civil con el terror

El jurista italiano Fausto Pocar comparó el caso Ledesma con el ejemplo de un general de la ex Yugoslavia que proporcionó armas luego usadas para matar civiles. Sugirió que tenía responsabilidad porque conocía el contexto en que lo hacía.

Por Alejandra Dandan

Para Fausto Pocar, el caso Ledesma es “interesante”. El prestigioso jurista integra el Tribunal Criminal Internacional para la ex Yugoslavia desde el año 2000, primero como juez y luego en la Cámara de Apelaciones. En una conferencia en el Consejo de la Magistratura de Buenos Aires, en la que habló de los avances en jurisprudencia del Tribunal, le preguntaron por el caso Ledesma. Pocar comparó con el ejemplo de un general que proporcionó armas y que sirvieron para matar a soldados y civiles. ¿El general es responsable por los asesinatos de civiles en los que se usaron sus armas? ¿Contribuyó con esos crímenes? Pocar sugirió que sí. Y al aporte de materiales le agregó esa otra cosa más difícil de probar que es el “conocimiento”, aquello que en estos días se conoció como el “dolo” en el caso de las camionetas de Carlos Pedro Blaquier usadas por el terrorismo de Estado. “El general que ayudó –dijo– conocía muy bien la situación en Sarajevo, donde por tres años se mató a una cantidad de civiles. Las armas se podían usar para matar civiles, con lo que la mens rea (mente culpable, elemento subjetivo) está clara.”

Pocar tiene un largo currículum. Profesor de derecho internacional en Milán, estuvo 16 años en el Comité de Derechos Humanos (ONU) y fue su presidente entre 1991 y 1992. En estos días dio varios seminarios en Buenos Aires. Entre ellos, en la Facultad de Derecho de la UBA y en el Consejo de la Magistratura, donde presentó un libro del Ministerio de Justicia sobre Cuestiones actuales en la investigación de graves violaciones a los derechos humanos. En una hora y veinte minutos, Pocar dio cuenta de los avances de la jurisprudencia del Tribunal de la ex Yugoslavia, pero sobre todo de la cocina en las discusiones de casos emblemáticos. Por ejemplo, en el primer caso en el que intervino y en el que se declaró a los crímenes como delitos de lesa humanidad. O el parentesco planteado por el tribunal de Ruanda entre el genocidio y las violaciones masivas, que equipara la destrucción psíquica a la física. Más cerca de la agenda argentina de los últimos días, habló de un “tema discutido”, que es la “contribución” en crímenes de lesa humanidad: “El tema más discutido en responsabilidad penal es sobre quien ayuda a quien comete el crimen o facilita la comisión del crimen”. El que proporciona armas para la comisión del crimen, ¿hasta qué punto es responsable del crimen?

“Durante muchos años el tribunal elaboró una tesis muy simple –explicó–: el que ayuda es responsable si conocía los medios (armas) que se iban a usar para cometer el crimen. Y si la contribución que brinda a la comisión del crimen es sustancial, importante.” Ese criterio se aplicó durante un cierto tiempo, dijo, hasta que una sala absolvió a un acusado introduciendo en el actus rea un elemento adicional: la dirección específica. A partir de allí, las armas tenían que servir sólo para la comisión del crimen específico.

El caso Perisic

El caso es conocido por el general Momcilo Perisic, ex jefe del estado mayor del ejército serbio, condenado en primera instancia a 27 años de prisión por crímenes que incluyeron la matanza de ocho mil musulmanes en Srebrenica, al este de Bosnia. La Cámara de Apelaciones lo absolvió por la aplicación del criterio de la “dirección específica”. Perisic conocía el sitio de la matanza, pero aquel criterio no lo hace responsable, porque allí había una ocupación militar y las armas se podían usar no sólo para matar a civiles, sino para combatir, situación que en una guerra es legítima, explicó el catedrático. Pero aclaró: “Es evidente que con esta decisión se cae todo el sistema de responsabilidad por la ayuda porque de hecho siempre se absuelve a los que están en rangos altos”.

El caso Perisic generó polémica. Es el eje del libro del Ministerio de Justicia y llegó a introducirse en el caso Blaquier. El tribunal de la ex Yugoslavia recibió críticas de personas, grupos y otros tribunales. En otro caso, el tribunal de Ruanda rechazó la idea. Argentina lo hizo también el año pasado a través de un fallo de la Sala II de la Cámara de Casación, en el segundo juicio de la ESMA. La sala integrada por Angela Ledesma, Alejandro Slokar y Pedro David señaló que “con relación a la invención de la teoría de la ‘dirección específica’, dicho elemento no integra la participación criminal, pues se encuentra directa y materialmente en conflicto con los estándares del derecho internacional consuetudinario y con la tradición jurisprudencial del Tribunal Penal Internacional de la ex Yugoslavia desarrollada por más de dos décadas”.

Pocar mencionó ese fallo y también los fallos emitidos antes y después por el propio tribunal de la ex Yugoslavia para reducir el peso de Perisic e indicar que se volvió a la jurisprudencia anterior. Señaló a Perisic como un “incidente”, superado por fallos posteriores y al que, advirtió, “sería mejor olvidar”. “Ahora tenemos en la jurisprudencia una serie de casos que van en un sentido. Hay sólo este caso (Perisic), que va en un sentido contrario. Y después hay casos que toman de nuevo las decisiones que se tomaban la comienzo. Es decir, debería ser un problema cerrado éste del principio de la dirección específica, que no es un principio que se aplica, pero nunca se sabe qué va a deparar el futuro. Yo espero que a ese incidente le digamos así, y que el caso que introdujo el concepto de dirección específica se pierda.”

Perisic y Blaquier

Jorge Auat es el jefe de la Procuraduría de Crímenes contra la Humanidad. En el libro escribió un comentario sobre el fallo de la Sala II, en el que advierte que ese freno a la “dirección específica” fue muy importante y un “alerta temprana”. ¿De qué hablaba Auat? De los efectos de aquel fallo en los casos de complicidad civil y económica con los delitos de la dictadura en Argentina.

El 11 de marzo de 2013, el diario La Nación publicó un editorial celebratorio del fallo Perisic en el que alentaba su uso para los civiles que estaban comenzando a ser juzgados. Con el título de “Trascendente fallo internacional”, el editorial señalaba: “La decisión de la sala de apelación del mencionado tribunal, que lleva fecha del 28 de febrero de este año, define con precisión las fronteras de la figura de la participación respecto de esos graves delitos, y seguramente tendrá efectos más allá de la jurisdicción misma del referido tribunal, incluido nuestro medio. Tanto en muchos de los procesos que, respecto de la década de los ’70, involucran a personal militar como en algunos, más recientes, que pretenden responsabilizar a algunos civiles”.

Quienes estaban en la sala del Consejo de la Magistratura leyeron estos antecedentes en el fallo de la semana pasada de la Sala IV de la Cámara de Casación. La sala integrada por Gustavo Hornos, Juan Carlos Gemignani y Eduardo Rafael Riggi no cita el caso Perisic, pero contiene elementos que en ese mismo sentido parecen elevar el estándar de la prueba como lo hacía la teoría de la “dirección específica”. Auat levantó la mano en el Consejo de la Magistratura y le dijo esto a Pocar. “Mientras usted hablaba se me venía a la cabeza el fallo reciente de la Casación”, explicó. En ese contexto, preguntó sobre lo que los jueces rechazaron: el dolo, cómo se prueba y si la reconstrucción del contexto puede pensarse como una prueba. Ahí fue cuando Pocar habló de quien contribuye con la provisión de armas a un contexto donde se sabe que desde hace años mueren civiles y combatientes.

 

Una falta de mérito que es absolución encubierta

Los especialistas señalan que es la primera vez en 20 años que el tribunal decide introducirse en una causa, aún abierta, con un procesamiento y sin detenidos, para dictar una falta de mérito.

El empresario Carlos Blaquier estaba procesado en dos causas por delitos de lesa humanidad.

Imagen: DyN

SUBNOTAS

Por Alejandra Dandan

Los sobrevivientes de las noches de apagones en Jujuy todavía hablan de las “camionetas de Ledesma” o de la “Gendarmería de Ledesma” al recordar las redadas y secuestros nocturnos de julio de 1976. Denunciaron la presencia de los vehículos de Ledesma en el Juicio a las Juntas de 1985; lo repitieron en las rondas realizadas durante años en torno del ingenio. Pero la Justicia no aceptó la validez de ese dato hasta 2012, cuando procesó a Carlos Pedro Blaquier, dueño del ingenio, por privación ilegal de la libertad de trabajadores y referentes sociales. El fallo de Casación del viernes pasado aceptó que se usaron las camionetas de Ledesma en los secuestros. No discutió lo que a las víctimas y familiares de los desaparecidos les costó probar durante casi cuarenta años. Pero como si se tratara de una tomadura de pelo o de una trampa, el mismo gesto de aprobación vació de sentido esa prueba: ahora que reconocen el uso de las camionetas, esas camionetas ya no importan: dicen que no bastan para probar la intención de Blaquier de colaborar en los secuestros.

Luego de un año y tres meses de tener la causa paralizada en Buenos Aires, la Sala IV de la Cámara de Casación dictó el viernes pasado una “falta de mérito” para Blaquier y Alberto Lemos. Quienes conocen la lógica de Casación entienden que la resolución encierra varias claves. Por un lado, que es “excepcional” y “escandalosa” porque es la primera vez en veinte años que el tribunal decide introducirse en una causa, aún abierta, con un procesamiento y sin detenidos en prisión, para dictar una falta de mérito. Por otro lado, señalan que la “falta de mérito” en realidad es una trampa, porque a cuarenta años de los crímenes opera como una “absolución encubierta”. Y por último explican que uno de los votos de la sentencia puede brindar un mensaje de impunidad hacia otras causas semejantes, porque señala que la colaboración civil es inocua.

La excepción

Blaquier y Alberto Lemos, el entonces administrador del ingenio, fueron procesados en noviembre de 2012 por privación ilegal de la libertad en dos causas, por los secuestros de 29 trabajadores y referentes sociales ocurridos entre marzo y julio de 1976. El procesamiento fue confirmado en 2013 por la Cámara de Casación de Salta. La Sala IV de Casación, integrada por Gustavo Hornos, Juan Carlos Gemignani y Eduardo Riggi, tomó el expediente en diciembre de 2013. Los jueces se pronunciaron el viernes pasado. Como dijo este diario por entonces, dieron por probado que la empresa aportó vehículos para los secuestros pero negaron el “dolo”, es decir que el dueño y administrador del ingenio hayan conocido los fines para los que se usaron.

Un dato elocuente para quienes conocen la dinámica de Casación es la notoria intención que mostró la Sala IV en intervenir en este expediente. Consultado por este diario, un juez señaló que ese tribunal no se mete en un expediente cuando hay un procesamiento en marcha. Al parecer, añadió, “la doctrina pacífica” de ese tribunal señala que no interviene en esos asuntos hasta que no hay una sentencia definitiva. Este caso muestra una excepción a ese principio. El dato lo confirmó un integrante de ese tribunal de alzada, que señaló que se trata de un “escándalo” y se preguntó por qué los fallos no fueron publicados por lo menos hasta ayer en el CIJ, que es el servicio de noticias de la Corte Suprema.

La falta de mérito como trampa

Este diario señaló como un problema en otras ocasiones y en delitos de lesa humanidad el dictado de las “faltas de mérito”. Por ejemplo, cuando la Cámara de Salta liberó por “falta de mérito” al capitán retirado Jorge Isaac Ripoll, mano derecha del coronel Carlos Néstor Bulacios, máxima autoridad represiva en la provincia de Jujuy. Esta figura exige nuevas pruebas para que la causa pueda ser reabierta y en el contexto del paso del tiempo eso se torna imposible. Jueces, fiscales y abogados consultados por este diario señalaron que la falta de mérito opera como un “sobreseimiento encubierto”. “La falta de mérito dictada en primera instancia puede ser apelada por el fiscal, pero en este caso fue dictada por el más alto tribunal antes de la Corte”, explicó uno de los jueces. Javier de Luca es fiscal general y tuvo a cargo las apelaciones ante la Cámara de Casación. Tiene diez días para presentar un recurso extraordinario a la Corte. “El problema estrictamente jurídico de una falta de mérito en Casación es que parte de un estándar analítico equivocado –dice–. Yo no sé si van a aparecer nuevas pruebas. El sistema procesal vigente tiene una etapa de instrucción escrita y otra de juicio oral que debe valorar si las pruebas alcanzan o no para juzgar y condenar. Eso no debe hacerlo ni la Cámara Federal de Salta ni la Cámara Federal de Casación, sino el correspondiente tribunal oral. Queda claro así que la ‘falta de mérito’ en Casación es un sobreseimiento encubierto, porque como en el sistema vigente no puede haber un sobreseimiento por duda (hasta hace veinte años existía el sobreseimiento provisional), ante un estado de sospecha debe enviarse la causa a juicio para que otros jueces juzguen.” Es decir, señala, “se basaron en un estándar de certeza, que se emplea en una sentencia, y esto sólo era un procesamiento”. En el mismo sentido, el primer juez agregó: “Casación dijo que había que seguir investigando. Pero a esta altura, con casi cuarenta años de historia, ¿qué aportes esperan? Si todas las pruebas que hay no son suficientes para demostrar la intención, ¿qué esperan? Por eso, en realidad esto no es una cuestión de prueba sino de valoración: de cómo se miran las pruebas, por eso hablamos de sobreseimiento encubierto en la falta de mérito”.

El dolo: ¿qué sabía Blaquier?

Hasta 2012 las causas sobre crímenes de lesa humanidad habían avanzado en los procesamientos a integrantes de las Fuerzas Armadas o de seguridad y civiles, pero vinculados como funcionarios al aparato organizado de poder. La complicidad de los empresarios supuso abrir caminos alternativos para pensar las imputaciones. Uno de los aportes de esta causa fue situar a las camionetas del Ingenio Ledesma que se usaron para los secuestros en un contexto. El juez de instrucción Fernando Poviña reunió varios elementos. Indicó que la entrega de las camionetas no estaba registrada, que fueron entregas ocultas, sin control y que, justamente, no eran “inocuas”, sino que se hacían en un contexto histórico determinado: una época de fuerte persecución política y sindical, a trabajadores o líderes sindicales. Explicó que la empresa tenía antecedentes de disputa con esos mismos sindicalistas. Y que había sanciones o llamados de atención de parte de la empresa a esos trabajadores, e incluso actividad de inteligencia realizada sobre ellos para ver qué actividad sindical tenían. Los datos, recordaron en el juzgado, estuvieron apoyados por una abundante profusión de documentos: el acuerdo entre Blaquier y el represor Antonio Domingo Bussi; la instalación de un puesto de Gendarmería Nacional en un predio en las inmediaciones del ingenio, una fuerza de frontera que quedó ubicada así a varios kilómetros de la frontera real con Bolivia y estaba allí para “cubrir el avance del comunismo”. Se agregaron documentos sobre la intervención de Blaquier en el grupo Azcuénaga, en la preparación del golpe de Estado. La solicitada de apoyo a la dictadura publicada por Ledesma un año después del golpe. La carta al “Querido Joe” de Blaquier a José Alfredo Martínez de Hoz para ofrecer donantes y publicar un artículo en Estados Unidos que desacreditara las denuncias por las violaciones de derechos humanos en Argentina. Es por todo esto que en el juzgado creen que Casación leyó “descompaginadamente” la prueba penal y fragmentó los hechos. El fallo tiene también otros problemas. A los conflictos gremiales, por ejemplo, los llaman “desavenencias”. Al espionaje o inteligencia ilegal sobre los trabajadores se los presenta como controles legítimos sobre los bienes de la empresa. Y lo mismo ocurre cuando describen la prueba recogida en los allanamientos del 2012. Casación dice que eran actividades que hacía la empresa para cuidar sus bienes, cuando el juzgado habló de espionaje. Entre esos elementos hay hasta fotos que la empresa sacó desde adentro de una iglesia donde se hacía una misa por la memoria de Olga Aredez, la vida del intendente Luis Aredez, uno de los desaparecidos, tal vez el más emblemático, de Ledesma.

Página/12 :: El país :: Una falta de mérito que es absolución encubierta

Assange explica Nisman: “É Tio Sam, estúpido!”

eua vergonhaSe o dinheiro explica o crime, é o crime que denuncia o autor. Quando a vítima é jogada no colo de desafetos, por trás há quem tem interesse nisso. Parece lógico, mas como explicar para quem está acostumado a receber versões prontas e tem nos EUA a medida da verdade?! A SIP é maior sucursal da CIA na América Latina. O Instituto Millenium é apenas mais um braço da SIP.

Um pouco da história da formação dos EUA e suas incursões pelo mundo, dando golpes, finanCIAndo manifestações contra governos, apoiando golpes e ditadores explica por que os EUA estão por trás da morte de Alberto Nisman. Assim como estão por traz da prisão de Julian Assange, Bradley Manning e Edward Snowden. Não nos esqueçamos, os nazistas sobreviventes da Segunda Guerra foram recrutados pelos EUA para derrubarem governos democráticos sul-americanos. A história está documentada e muito bem contada no documentário Inimigo do meu inimigo. Os EUA estão por trás da Primavera Árabe que derrubou Kadafi na Líbia, no Egito, Ucrânia, Síria, Venezuela e Brasil (MBL). Na Argentina não seria diferente.

Os grampos na Petrobrás, mais do que na Dilma, são indícios suficientes para quem quiser entender os ataques à maior empresa petrolífera do mundo. Quem não quiser, nem a fórceps.

EL MUNDO › ENTREVISTA CON JULIAN ASSANGE, DIRECTOR DEL SITIO WIKILEAKS

“Nisman se había hecho muy dependiente de los EE.UU.”

En el marco del Encuentro Federal de la Palabra que se celebra en Tecnópolis, el referente australiano de la libertad de expresión habló de Nisman, pasaportes inteligentes, el Estado Islámico, la crisis en Ucrania y el asesinato del opositor ruso Nemtsov.

Por Santiago O’Donnell

Tras mil días de encierro en el pequeño departamento que aloja a la embajada de Ecuador en Londres, mil días sin poder salir al aire libre, Assange luce algo debilitado a través de la pantalla de Tecnópolis. Dice que últimamente no está del mejor humor, que está enojado porque no se destraba su situación judicial (ver aparte) y no puede estar con su familia. Pero el enojo no se le nota. Contesta de buena gana durante una hora y media y sonríe de oreja a oreja cuando el público lo despide con un aplauso. A continuación, el pasaje más destacado de la conversación:

–Los cables de Wikileaks muestran la falta de independencia del fiscal Nisman con respecto a la embajada de Estados Unidos en la investigación del atentado a la AMIA.

–Es cierto. Hay más de 160 cables sobre el atentado a la AMIA y puedes ver en esos cables que Nisman se hizo muy dependiente de Estados Unidos para conseguir informes de inteligencia relacionada con la investigación y mucha de esa información le llegó a través del jefe de contrainteligencia de la Secretaría de Inteligencia (Jaime Stiuso) y Nisman pasó a depender indirectamente de EE.UU. e Israel y directamente de Stiuso. Se puede ver que esa dependencia llegó a un punto tal que llevaba borradores de resoluciones a la embajada para que la embajada los comentara, los revisara y los corrigiera. En un caso llevó un borrador de resolución de dos páginas y la embajada le hizo comentarios, él se lo llevó de vuelta, volvió con un borrador de nueve páginas, lo revisaron nuevamente y esa vez se lo aprobaron. También le dijeron que no podía investigar la pista siria, que no podía investigar otras pistas locales dentro de Argentina. Se puede decir que éste es un problema de un solo hombre que estuvo diez años con la causa y que no avanzó, hasta que en el 2013 la causa se convirtió en un tema de política partidaria (por el acuerdo con Irán). Pero se puede hacer una crítica mucho más importante, que es la falla del gobierno de Kirchner de no haber disciplinado a Nisman a tiempo por su relación con los servicios de inteligencia, su relación con EE.UU., la falla de los medios de Argentina de no controlar y criticar esa investigación, y esa falla en los medios se pudo ver en todos los medios tradicionales: en Página/12, en el grupo Clarín y aun en la organizaciones de la comunidad judía, que expresó dudas sobre la calidad de investigación en la embajada, pero dijo que a pesar esas dudas no quería reducir la credibilidad de esa investigación. Entonces parece que había un acuerdo nacional entre gobierno, oposición y medios de no cuestionar la calidad de la investigación de Nisman, de no indagar sobre de dónde sacaba su información y de qué manera estaba comprometido por su cercanía a la embajada de EE.UU. y al director de contrainteligencia. Pero vayamos más allá. ¿Cuál es el gran problema? El gran problema es que las instituciones argentinas –fiscalías, medios, gobierno y oposición– no tuvieron suficiente fuerza como para lidiar con un caso geopolítico muy serio, en el que hay actores como EE.UU., Israel, Irán, que tenían intereses muy fuertes en este caso. Irán quería protegerse, proteger su reputación y proteger su relación con Argentina, EE.UU. e Israel buscaban demonizar a Irán, la Secretaría de Inteligencia buscaba beneficiarse actuando como intermediario. Las instituciones argentinas no fueron capaces de mantener su integridad ante la presión sostenida de grupos externos y ése es un problema preocupante para la Argentina. Ahora bien, a otros países no les va mucho mejor cuando la presión es tan fuerte. Nosotros lo hemos vivido en nuestra organización en países como Gran Bretaña y aun Alemania en algunos casos. Te doy un ejemplo de Alemania. Edward Snowden obtuvo mucho apoyo de Alemania. Es el país donde más apoyo de la opinión pública recibe de toda Europa y eso tiene que ver con razones históricas, el recelo de los alemanes de la Stasi (el servicio secreto de la ex Alemania Oriental), que la nueva capital sea Berlín, en fin, la gente alemana y los medios alemanes querían que se le diera asilo. El resultado es que la Agencia de Seguridad Nacional de EE.UU. le dijo a la agencia de inteligencia alemana que si permite que su país le dé asilo vamos a dejar de compartir Inteligencia con ustedes y no les vamos a avisar de posibles atentados terroristas en su país. Entonces la Agencia de Seguridad Nacional estaba perfectamente dispuesta a permitir ataques terroristas en Berlín con tal de presionar al gobierno alemán para no ser humillados por una oferta de asilo para Snowden. Así que hasta un país como Alemania puede comprometer sus principios; entonces no puede sorprendernos que Argentina lo haga. Pero ahora que vimos cómo sucede esto, hay que tratar de corregirlo. Entonces esto es lo que podemos aprender de la investigación de Nisman: la manera en que operan las presiones geopolíticas y la debilidad de ciertas instituciones argentinas para enfrentarlas. Fíjese lo que el director de contrainteligencia estaba haciendo en el caso Nisman y las consecuencias que tuvo. Entre ellas, la ley para reformar a los servicios de Inteligencia. La he leído y me parece una buena ley, aunque hay que ver todavía cómo se aplica.

–Otro tema que me preguntan mucho en las redes sociales, especialmente después de nuestra última entrevista, es sobre sus críticas a los nuevos documentos biométricos que se hacen en la Argentina. El ministro que los creó, Florencio Randazzo, los vende como una manera de hacer menos cola en los aeropuertos. ¿Por qué le parece que estos documentos son peligrosos?

–Hay dos problemas. En el caso de los documentos biométricos, hemos visto ejemplos en muchos países en los cuales la base entera de los documentos biométricos ha sido robada. Por ejemplo, en Pakistán revelamos que una consultora trucha manejada por el MI6 (servicio secreto británico) había sido contratada para manejar la base de datos para todo el sistema de identidad biométrico en Pakistán. Y con la complicidad de algunos miembros del gobierno, la consultora se robó la información sobre más de cien millones de paquistaníes. Así que está el problema de que los datos pueden ser robados por fuerzas externas. En segundo lugar, si tenés un servicio de Inteligencia corrupto y un gobierno que hace las cosas mal, podés terminar teniendo una sociedad extremadamente controlada, donde ninguna persona puede existir por fuera de las estructuras formales del gobierno y de las estructuras informales que tienen las agencias de inteligencia.

–¿Todo eso por sacar información del iris del ojo?

–Es suficiente. Una vez que se empieza con un programa biométrico el siguiente paso es agregar más y más identificadores biométricos. En Suecia, por ejemplo, te extraen sangre al nacer y dicen que esa identificación de ADN sirve para aplicarse en políticas de vivienda y para juntar estadísticas para diseñar programas de salud. Sin embargo, esa información ha sido utilizada de manera ilegal por la policía sueca en varias investigaciones criminales y lleva a una sociedad controlada y no podemos saber si esa información no sólo se va a compartir en la Argentina o si se va a compartir con otros países, y por lo tanto con los servicios de Inteligencia de otros países. Esos servicios de inteligencia en Occidente son manejados en gran parte por empresas privadas. Por ejemplo, el ochenta por ciento de la Agencia de Seguridad Nacional es manejado por contratistas del sector privado. Por empresas como Lokheed Marin, Northrop Gruman o Booze, Allen & Hamilton. De hecho Edward Snowden no trabajaba para el gobierno, trabajaba para Booze, Allen & Hamilton. Entonces coleccionás esta información sobre tu gente y pronto se empieza a compartir y me parece que no es saludable para una sociedad que un individuo al nacer, a través de estos elementos de identificación, entre en una relación no sólo con su familia, su comunidad o su ciudad, no sólo con su país y con el servicio de Inteligencia de su país, sino con todos las grandes facciones de poder del mundo. La relación es tan desproporcionada que con el tiempo va a distorsionar la naturaleza de nuestra civilización.

–Su respuesta me lleva a la última filtración de WikiLeaks, de diciembre pasado. Se trata de un documento de la CIA que explica cómo burlar los controles biométricos en los aeropuertos de la Unión Europea y está escrito para agentes que viajan con identidades encubiertas.

–Seguimos metiéndonos en problemas (se ríe). Es un manual de instrucciones que se les entrega a agentes encubiertos para que penetren otros países, para que penetren aeropuertos usando identidades falsas. Incluye una gran cantidad de aeropuertos y sistemas de seguridad, incluyendo en Europa, y da un ejemplo de Europa de un agente de la CIA al que le encontraron en la valija rastros del explosivo C4, presumiblemente de una operación realizada en Europa. El agente fue detenido pero dijo la mentira sugerida por el manual para casos como ése (que el explosivo era de un entrenamiento antiterrorista realizado en EE.UU.) y le creyeron y lo dejaron ir. El manual puede ayudar a ciudadanos comunes para atravesar controles sin despertar sospechas, incluso puede ayudar a periodistas trabajando bajo identidades reservadas o a nuestra propia gente mientras se mueven por el mundo. También señala el miedo que genera la identificación biométrica aun en la CIA porque dificulta un poco sus movimientos. Esa podría ser la única ventaja de este tipo de documentos en términos geopolíticos. Pero a través de la Agencia de Seguridad Nacional pueden hackear estos sistemas biométricos. Entonces al final la CIA, el Mossad o el MI6, las agencias de Inteligencia con más recursos y conocimientos, serán las que puedan viajar por el mundo sintiéndose libres. Serán las últimas personas del planeta en sentirse libres y creo que esto no es saludable porque ya tienen demasiado poder y demasiado poco control. Entonces diría que lo aceptaría si fuera igual para todo el mundo, pero si sirve para cierta gente pero no para otros, perpetuará la severa desigualdad de poder existente.

–Además, como usted ha dicho, después de los secuestros de la CIA en Suecia e Italia durante el gobierno de Bush hijo, el manual demuestra que la CIA de Obama mantiene la intención de realizar operaciones clandestinas en los países de sus aliados europeos.

–Es cierto y se trata de material reciente. Pero debo hacer una distinción. Si bien la CIA secuestró a una persona en Italia, en Suecia lamentablemente no se trató de una operación encubierta, al menos con respecto al gobierno sueco. El gobierno no sólo lo sabía sino que su policía secreta SAPO asistió en el secuestro de su propios refugiados políticos, sus propios buscadores de asilo, algunos de los cuales tenían hijos viviendo en Suecia. La SAPO asistió en esa operación y siguió haciendo operaciones similares durante seis años y nosotros lo revelamos en el 2010.

–Me gustaría preguntarle por la actualidad mundial: el surgimiento del Estados Islámico (EI), la crisis en Ucrania y el asesinato de Nemstov en Rusia.

–Los tres eventos tienen relación. En cuanto al EI, lo podemos ver desde el punto de vista geopolítico y desde el punto de vista cultural. No digo nada demasiado nuevo cuando digo que el EI es un resultado directo del aventurerismo de Occidente. El aventurerismo de Occidente que destruyó la sociedad libia, el aventurerismo de Occidente que destruyó gran parte de la sociedad siria. El aventurerismo de Occidente está destruyendo Irak para extraer petróleo y por otras razones geopolíticas. Mucha gente conoce esto, sabe cómo se envía armamento a Siria, el intento de reducir la influencia iraní en la Irak de la posguerra a través del apoyo a los sunnitas. Lo que no se conoce tanto es que en estos años Arabia Saudita, Qatar y Turquía han aumentado su poder y han logrado un pequeño margen de independencia con respecto a EE.UU. Como resultado EE.UU. ya no es el único actor geopolítico que empuja junto a Israel los acontecimientos en Medio Oriente. Ahora también actúan estos aliados geopolíticos que Estados Unidos no está dispuesto a disciplinar. ¿Y por qué no los disciplina? Porque estos países se hicieron ricos y ahora depositan su dinero en bancos de Occidente y entonces su elites se han fusionado: Qatar con los EE.UU., Arabia Saudita con los EE.UU. Acá, por ejemplo, la famosa tienda Harrod’s es dueña de uno de los edificios que rodean a esta embajada. Harrod’s es propiedad del gobierno de Qatar y la policía secreta británica que espía esta embajada, y que admite haber gastado más de 15 millones de dólares para espiarme, ha hecho un acuerdo secreto con Harrod’s y tienen a los equipos de vigilancia instalados en el edificio de Harrod’s . Entonces éste es un ejemplo interesante de cómo nos afecta la dinámica del poder en Medio Oriente. Desde el punto de vista cultural, hay que analizar cómo una ideología se expande, porque las ideas no son una enfermedad que se propaga como un virus. Las ideología tiene principios, tiene reglas que son fáciles de aprender y fáciles de transmitir. Eso sucede con todas la ideologías o religiones que se difunden. Pero hay otro factor y ése es el dinero que se mueve detrás de estas ideas. A medida que los estados del Golfo se vuelven más ricos, más poderosas se vuelven las ideas que ellos sostienen. La percepción es que cuanto más se difunden esas ideas más poder adquieren, entonces han hecho eso. Al mismo tiempo, la ideología de izquierda existía en Egipto, y en Líbano y en Siria y en Irak, porque el partido Baath (de Saddam Hussein y la dinastía Asad) es un partido secular y autoritario pero no una teocracia. Occidente odia a esos partidos izquierdistas y nacionalistas y durante muchos años hizo todo lo que pudo para destruirlos o al menos sacarlos del poder, y para eso se apoyó en teocracias y movimientos teocráticos. Podemos verlo, por ejemplo, en el colapso y marginalización de la OLP y su reemplazo por Hamas (en Palestina). Nuestros cables revelan que Israel apoyó a Hamas en su etapa inicial, que Hamas fue usado como un instrumento para dividir a la OLP y a la resistencia palestina. Entonces Occidente ha generado todo el dilema y el horror del EI a través de su aventurerismo y su intento de suprimir movimientos seculares de izquierda en Medio Oriente.

–Pasemos a Ucrania.

–El mejor análisis proviene de un reconocido analista geopolítico, John Mearsheimer, un académico muy reputado cuyos trabajos han sido utilizados hasta por el Departamento de Estado. No es un extremista. El tiene la misma opinión que yo. Lo que decimos está documentado en los cables. Hay uno del 2008 que muestra que Rusia traza un línea en la arena y fija sus límites a Estados Unidos y la OTAN. El cable se titula “No quiere decir no” y se refiera a la expansión territorial de la OTAN. Explica que si hay interferencia en Ucrania por un intento de integrarla a la OTAN, eso no será tolerado por las regiones fuertemente rusoparlantes en Ucrania, que se consideran rusas por haber pertenecido a la Unión Soviética, y Crimea es una de esas regiones. Y Rusia advertía que el intento de traer a Ucrania hacia la OTAN causaría una guerra civil. Entonces se puede ver la importancia estratégica que Rusia le otorga a Ucrania como parte de la civilización eslava y el complejo militar-industrial del este de Ucrania, que sigue produciendo misiles balísticos teleguiados, repuestos para misiles, etc. EE.UU. lleva mucho tiempo tratando traer a Ucrania hacia Occidente, si no puede ser con una membresía de la OTAN, al menos que se independice de la esfera de influencia de Moscú, para reducir el complejo industrial-militar ruso y reducir sus bases navales en Crimea. Hace mucho que lo venían intentando y Rusia se venía quejando y advirtiendo lo que pasaría. Europa, bajo la influencia del expansionismo burocrático de la Unión Europea, se sumó a esa puja. Pero los rusos no son inocentes. Su manejo de sus más preciados y queridos aliados estratégicos, de sus socios comerciales más cercanos, fue completamente incompetente. Ningún país puede operar en Ucrania como Rusia. Porque los ucranianos hablan ruso y parecen rusos porque hay relaciones familiares y comerciales entre los dos países. Rusia descuidó a Ucrania porque no se relacionó con su gente, sino con su oligarquía, con su elite política, con la economía ucraniana. Gastó billones de dólares en subsidios para Ucrania. Al mismo tiempo EE.UU. y Europa Occidental gastaron billones de dólares en la creación de ONG, en redes sociales. A través de estas instituciones y de estos medios Occidente prometió acabar con la corrupción en Ucrania. Los rusos hicieron muchas cosas mal cuando podrían haberse relacionado con Ucrania de otra manera. Sacaron muchos agentes de FSB (servicio secreto ruso) de Ucrania para trasladarlos a Chechenia para prevenir ataques terroristas. Chechenia se convirtió en su primera prioridad y vemos los resultados de descuidar a Ucrania.

–¿Y con respecto al asesinato del líder opositor Boris Nemtsov a pasos de Kremlin?

–Ahí hay un vínculo con lo que pasa en Ucrania. Parece que las fuerzas especiales que Rusia está usando para entrenar y apoyar a las fuerzas separatistas en el este de Ucrania provienen, o al menos al principio provenían, de Chechenia y hay una razón para eso: las fuerzas chechenas son las más entrenadas y las más experimentadas en lo que llaman operaciones de contrainsurgencia, que básicamente significa combate en una guerra civil, porque eso es lo que viene pasando en Chechenia, que es una república separatista que busca su independencia de Rusia. Por eso Rusia usó en Ucrania regimientos de Chechenia y estos regimientos están controlados por el presidente de la región chechena, (Razman) Kadyrov, y Kadyrov no quiero decir que es leal a Putin porque tiene su propia agenda, pero formalmente depende de Putin. A lo largo del conflicto checheno Kadyrov desarrolló tropas y un servicio de inteligencia que es bastante poderoso y que ha sido acusado de asesinatos, incluso en Viena por ejemplo, de oponentes de Kadyrov. La guerra en Ucrania hizo que Rusia pusiera mucho dinero en las fuerzas chechenas y los servicios de inteligencia chechenos. El resultado es que se volvieron muy poderosos y de alguna manera rivalizan con el FSB, que hasta entonces era el único servicio de inteligencia que operaba y juntaba inteligencia fuera del país. Los asesinos materiales de Nemtsov en la entrada al Kremlin eran chechenos vinculados con los servicios secretos de ese país.

–Y Kadyrov dijo que el asesino era un héroe nacional…

–Exacto. Por eso es difícil saber bien qué está pasando, pero a cierto nivel los servicios chechenos estaban demostrando que el FSB no controla Moscú y que ellos tienen el poder de matar a alguien en la puertas del Kremlin. Esto no quiere decir que Kadyrov ordenó el asesinato, puede ser un mando intermedio que buscó demostrarle su utilidad a Kadyrov o a la extrema derecha rusa. Vamos a lo que pasó después. Una semana o dos después del asesinato, Putin condecoró a Kadyrov con una medalla por servicios prestados a Rusia. En la misma ceremonia condecoró también al agente del FSB que había envenenado con polonio al ex espía Litvinenko en un restaurant de sushi en Londres (en el 2006). Para la perspectiva de Occidente la imagen que dejó Putin en la ceremonia de premiación fue horrible. Es como si hubiera dicho: “Yo apoyé con igual fuerza a los dos asesinatos”, el del FSB y el de los chechenos. Putin se había mostrado enojado y confundido tras la muerte de Nemstov. Entonces al darle esta medalla a Kadyrov genera una confusión en la población rusa y la hace pensar que tal vez Putin había ordenado el asesinato, que tal vez está contento con el asesinato porque es un líder fuerte que controla la situación. Pero la realidad es que no controla completamente a las fuerzas chechenas. Son un grupo muy cerrado, tienen su propio lenguaje, y tienen agenda propia. El centro de poder de Putin es el FSB, que es el que le provee su seguridad y la relación con los servicios chechenos es muy delicada, así que la situación es muy interesante.

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